Um dos assuntos mais comentados pela grande imprensa esta semana, além da aprovação do novo S.M. ("Salário de Miséria"), foi a despedida do jogador Ronaldo, grande ídolo do futebol, eleito por três vezes o melhor do mundo pela FIFA.
O que me chamou a atenção foi a humildade demonstrada por ele. Depois de uma chuva de críticas, algumas maldosas ao extremo, Ronaldo pede desculpas publicamente, reconhecendo seus erros e incapacidades, em especial com relação a derrota que o seu clube, o Corintians, sofreu faz pouco tempo, logo na fase inicial da Taça Libertadores.
O fato é singular porque em geral jogadores e artistas não costumam pedir desculpas, nem muito menos reconhecer que erraram em alguma coisa. Essas pessoas são muito prepotentes, infladas de soberba e de orgulho, como se fossem feitas apenas para as luzes, os aplausos das multidões. Verdadeiros semi-deuses! A mídia ajuda bastante neste sentido. Melhor dizendo, ela muitas vezes é a principal responsável por isso. Nessas classes exceções existem, é verdade, e Ronaldo é uma delas felizmente.
Comento rapidamente este assunto porque me lembro da prepotência, da soberba e do orgulho dos nossos governantes. Voces ainda devem se recordar (glória a Deus!) da catástrofe da região serrana do Rio de Janeiro e de como o governador e os ministros se posicionaram depois que os técnicos avaliaram as causas da tragédia. Ninguém teve a humildade de dizer: erramos! O governo não fez o que devia fazer. Engraçado. Ninguém viu nada, ninguém assume que fez isso ou aquilo ou que deixou de fazer... Uma áurea de inocência paira sobre as cabeças de todos os dirigentes! Diante dos repórteres afirmam com ênfase: "Vamos tomar todas as providências necessárias. As responsabilidades serão apuradas, etc. etc." Mas nas semanas, meses e anos seguintes nada muda nem mudará. O famoso jogo do empurra-empurra esconde pra debaixo do tapete toda sujeira de quem devia responder por um serviço público de qualidade, direito básico do cidadão e da cidadã, afinal.
Acredito que de algum modo o gesto de Ronaldo serviu de exemplo para os nossos políticos e executivos do governo. Não há nada de mal em se reconhecer humildemente os erros cometidos. Muito pelo contrário, o governante humilde conquista a simpatia da nação pois demonstra que está sendo verdadeiro e honesto. A verdade, segundo Jesus Cristo, liberta a gente! O orgulho, a prepotência, a vaidade são irmãs da mentira, e a mentira conduz fatalmente a destruição. Jesus já disse isso a mais de dois mil anos atrás e a história, a mestra das mestras, também confirma.
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