Ontem pela manhã aqui em Brasília aconteceu um ato de protesto contra a construção da Usina de Belo Monte. A manifestação reuniu uma centena de pessoas representando organizações indígenas, movimentos populares, igrejas cristãs, sobretudo a católica. Só não se viu mesmo foi a turma da CUT nem muito menos do PT. Coisa estranha, por sinal. Quem não se lembra das grandes passeatas cheias de bandeiras vermelhas e gritos de protesto promovidas por este pessoaal?
A questão de Belo Monte parece estar decidida na esfera ou no andar lá de cima. Não existe espaço para se argumentar mais nada. E o problema é exatamente este, a falta de uma ampla discussão com a sociedade, especialmente com os setores mais diretamente interessados e que por um motivo ou por outro sofrerão as consequencias dessa obra. Falta discussão e falta transparência. De repente, "na calada da noite", a sociedade brasileira se vê diante de uma decisão já consolidada, assinada e carimbada. Eles, os tecnocratas, decidiram por nós. A parte que nos cabe, como sempre, é pagar a conta e nada mais! Como se fôssemos seres incapazes.
A construção de Belo Monte provocou ou pelo menos ajudou a provocar a saida de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente no governo passado e a renúncia precoce do presidente do IBAMA no início do governo Dilma. Todo mundo sabe que o PT=PMDB vão empurrar goela abaixo do povo esta obra, como vão empurrar daqui a pouco o salário mínimo e "outras coisitas mas"... Neste como em tantos outros pontos eu não vejo diferenças maiores entre Collor, FHC, LULA, DIlma e Cia ltda. O parido que ERA dos trabalhadores, aprendeu a lição do autoritarismo, a incapacidade de dialogar e eventualmente de reconhecer suas falhas, etc. Tem-se a impressão afinal de que é tudo "farinha do mesmo saco"...
Vamos torcer e rezar pra que o pouco que sobrou do movimento popular continui levantando a sua voz para protestar. Não se pode simplesmente aceitar calado tudo o que o governo faz. A ditadura já não tem mais espaço no Brasil. Vamos gritar e fazer barulho, mesmo que não consigamos reverter a situação. Pelo menos não teremos do que nos envergonhar no futuro. E a vergonha maior chama-se omissão e covardia!
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