Um dos assuntos mais discutidos neste início de ano é o aumento do salário mínimo. A imprensa dá destaque a essa matéria porque, de fato, é algo que interessa mais de perto a grande maioria do povo brasileiro que vive (ou faz de conta que vive...) destes trocados. Os técnicos da área econômica do governo afirmam categoricamente (baseados em numeros que só eles entendem, diga-se de passagem)que o valor é "X" e papo encerrado. Por sua vez, os políticos da situação apenas assinam em baixo (já que eles, é claro, estão sempre "por cima"...) e os gatos pingados da oposição de vez em quando ameaçam fazer algum protesto. Nada mais do que isso. Ao fim e ao cabo (ops!), o cabo vai acabar sobrando mesmo é para a peãozada.
Neste governo PT+PMDB (ou seria PT=PMDB? Tenho dúvidas...) o mais interessante (e triste) é o "jogo de cena" feito pelas centrais sindicais, especialmente a CUT. Sim, a CUT socialista, sempre tão destemida, que esbravejava contra os patrões, que atirava tomate podre nos governantes de "direita", etc, de uma hora pra outra "meteu o rabo entre as pernas". Também pudera! Recebendo milhões e milhões de reais dos cofres da "viúva", fica difícil realmente falar alguma coisa. Dirigentes sindicais muito bem remunerados, com cargos no governo, etc. jamais se insurgirão contra ele. E aí vem o "jogo de cena", o "faz de conta" para continuar impressionando (=enganando) a "categoria", ou seja, os pobres coitados que formam a "classe trabalhadora". Fingem estar reclamando por um aumento real do salário mínimo, aumentam o tom de voz, endurecem o discurso, mas na "hora da onça beber água", na hora do "pega pra capá", não tenham dúvida, vão acabar aceitando a proposta do governo.
Resumo da ópera: nos dias que correm, não se pode esperar muita coisa do movimento sindical, especialmente das centrais sindicais. A independência virou subserviência! O que era para ser um serviço à disposição das lutas da classe dos trabalhadores e trabalhadoras virou cabide de emprego, feudos desse ou daquele líder sindical em conluio implícito ou explícito com o governo. Tem-se a impressão de que o famoso "peleguismo" de antigamente, tão odiado pelas esquerdas sindicais, já não acontece mais com relação apenas aos patrões. Os "pelegos" do Brasil agora vestem terno e gravata, gozam de estabilidade econômica e são recebidos nos ministérios e até no Palácio do Planalto.
Resumo da ópera (parte II): nos dias que correm (e até nos que não correm...), quem não é da panelinha do PT e nunca teve a sorte de ser dirigente sindical, deve se contentar com o salário de R$ 545,00 decidido "democraticamente" pelo governo da "esquerda", ou seja, o governo "popular" inaugurado pelo saudoso Lula da Silva, o "Big" irmão de todos nós!.
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