Belo Horizonte-MG
E os "milicos" mostram as suas garras! Um jornaleco chamado "Inconfidentes", editado por uma associação de oficiais da reserva do glorisoso Exército Brasileiro aqui de Minas Gerais, resolveu atacar a Presidente Dilma. Com palavras tremendamente ofensivas, os editores militares não só desrespeitaram a sua comandante suprema, conforme reza a nossa Constituição, mas também os cidadãos e cidadãs deste nobre país. Chamaram Dona Dilma de terrorista e chegaram ao cúmulo de dizer que os presidentes militares fizeram o maior governo que o Brasil já teve em toda a sua história. Parece até piada não parece?
Neste país tropical em que vivemos, como de resto em toda a Latino América, todo mundo pensa que os homens (e mulheres) de farda são mais poderosos do que os demais. De fato, ninguém em seu juizo perfeito vai querer dicutir com um sujeito que carrega um fuzil na mão... Mas isso não significa que tenhamos que lhe prestar eterna reverencia ou achar que ele(ela) sempre tem razão e deve dizer o que devemos ou não devemos fazer. O militar, como qualquer outro servidor público pago com o dinheiro que sai do nosso bolso (e como sai!) está submetido ao império da lei. Digo ainda mais, a própria expressão "servidor público" define o seu papel: servir ao povo! Tanto os militares como os civis, devem ser isto mesmo: servidores dos seus concidadãos e concidadãs! Nada mais.
Não estou de modo algum querendo desmerecer aqui nem o passado nem o presente das nossas Forças Armadas, embora acredite que as suas funções deveriam ser revistas na atual conjuntura. Os projetos que tratam da questão da defesa e controle das nossas fronteiras, por exemplo, ainda não sairam do papel. Enquanto isso sustentamos nos quartéis milhares de homens (e mulheres) que passam o dia sem fazer (quase) nada.
Discordar da Presidenta todo mundo pode. Ofender a pessoa que os brasileiros colocaram no poder máximo do país através do seu voto livre e democrático, não! Respeitar os militares e apreciar o seu trabalho em defesa da pátria, este é o nosso dever. Enquadrá-los no seu lugar constitucional como servidores públicos, também. Respeitar, acrescente-se, não é ter medo, é considerar cada um na sua função, cumprindo com as suas obrigações. Não existe um tipo de servidor maior ou melhor do que o outro.
Então, senhores oficiais, ponham-se no seu lugar! Respeitem a Presidenta e cumpram com o seu dever para que assim possam merecer o respeito do povo brasileiro também.
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