O chefe do FMI, Fundo Monetário Internacional, renunciou ontem, quarta feira, ao cargo, um dos mais importantes do mundo. Ele foi preso quando tentava sair dos Estados Unidos, após ter atacado uma camareira do hotel onde havia se hospedado. O velho tarado continua na prisão, mesmo depois da promessa que fez de pagar a Justiça Americana uma fiança no valor de um milhão de dólares (eu disse um milhão de dólares!). O tribunal também não lhe concedeu o benefício da prisão domiciliar, ou seja, a facilidade de ficar preso em sua própria casa.
A notícia realmente causa estranheza a qualquer cidadão brasileiro porque, de fato, estamos acostumados a ver pela televisão ou a ler nos jornais e revistas que essa ou aquela "autoridade", político, empresário, gente da elite, etc. foi presa pela Polícia Federal e poucos dias depois conseguiu sair da prisão com um sorriso nos lábios, feliz e contente da vida! Ao grandioso espetáculo da prisão segue-se o show vergonhoso da impunidade. Logo logo a gente esquece!
Eu fico aqui "matutando" (como diria o caboclo...): e se uma coisa dessas acontecesse no Brasil? Bom, em primeiro lugar quebrariam o sigilo bancário e telefônico da camareira. Diriam que ela sempre foi uma "mulher de vida fácil", "garota de programa", etc. e que o emprego no hotel era apenas um disfarce para conseguir clientes ricos. . Ao contrário, a "autoridade' sempre foi um homem "íntegro", "probo", (ops!), "excelente pai de família" e tudo mais. Em seguida, com todas essas alegações, os advogados entrariam com um pedido de "habeas corpus", o qual seria prontamente atendido no meio da madrugada pelo primeiro juiz que fosse localizado pelas redondezas. O passo seguinte seria talvez uma liminar proibindo a imprensa de divulgar o fato e o processo correria em "segredo de justiça". Qualquer tribunal também concederia este benefício com muita facilidade. O acusado voltaria são e salvo ao seu país de origem e lá viveria feliz para sempre. O tempo iria passar, como sempre passa, e o processo seria "extinto por falta de provas". A pobre da camareira violentada perderia o emprego no dia seguinte ou no máximo ganharia uns trocados dando entrevista exclusiva para a Rede Globo.
É por essas e outras que o Brasil é tido como o país da impunidade. Eu diria, da falta de vergonha mesmo! E quem colabora com isto é a Senhora Justiça, aquela mesma que, segundo os ministros do STF, sempre busca a "felicidade do povo".
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