A Câmara dos Deputados parece que finalmente vai votar hoje, aqui em Brasília, o novo código florestal. Depois de muita discussão, o governo "botou o pé na parede", "engrossou o caldo", e mobilizou a sua tropa de choque para que a novela tivesse o seu último capítulo nesta quarta feira. E quando o Palácio do Planalto ordena, ninguém discorda, todos obedecem feito carneirinhos.
O código florestal, embora o grande público desconheça o seu teor e o seu alcance, é de muita importância, tanto para o presente como principalmente para o futuro do país. Porém, ainda que o desconhecimento seja enorme, uma coisa é sabida e bem sabida: nossas matas estão desaparecendo e os rios estão secando! As cidades estão explodindo de tão grandes e a poluição, claro, aumentando estupidamente! Então, se quisermos deixar para os nossos netos um Brasil razoavelmente bom para se viver, é necessário cuidar do meio-ambiente.
São complexas as relações e os interesses envolvidos nesta discussão do novo código. Ora, seríamos ingênuos se pensássemos que o agronegócio ficaria de fora, apenas como espectadores. Não, a agroindústria jogou pesado na defesa do que considera como seu interesse, afinal de contas são milhões e milhões de dólares que a classe embolsa por ano, sobretudo com a exportação das chamadas "comodittes" (soja, açúcar, milho, etc.). E nós sabemos também que os "nobres" deputados precisam de dinheiro para bancar sua eleição, que, aliás, está ficando cada vez mais cara no Brasil.
Nesta verdadeira "queda-de-braço" entre as organizações que defendem o equilíbrio ecológico e as grandes empresas, nacionais e multinacionais, do agronegócio, quem levará a melhor? Vamos esperar pra ver. Vamos pagar pra ver!
O PT infelizmente abandonou antigas bandeiras nesse campo do meio-ambiente. Os petistas tornaram-se super pragmáticos, ou seja, não querem saber de muitas discussões. A meta é o desenvolvimento a qualquer custo, nem que para isso o país acabe de vez com as suas reservas florestais e o futuro se torne mais sombrio. Rezemos ao Senhor!
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