segunda-feira, 30 de maio de 2011

CAMPO DE SANGUE

Nesta segunda feira, aqui em Brasília, Dona Dilma mandou que se fizesse uma "reunião de emergencia" no Palácio do Planalto para discutir a questão da violencia no campo. Ainda repercute em todo o país o brutal assassinato de um casal de ambientalistas no sul do Pará. Aliás, foram quatro mortes em uma semana! E o motivo já se sabe, é a guerra da madeira. Esta atividade, ilegal na maioria dos casos, promove o clima de terror na Amazonia faz muito tempo, muito tempo mesmo. São quadrilhas poderosas, cheias de dinheiro (e de armas...), agindo quase sempre com o apoio de prefeitos, deputados, vereadores, delegados de polícia, gente do IBAMA e enfim toda a máquina estatal que deveria proteger o meo ambiente e o cidadão.  
Quem ja viveu no Pará sabe muito bem do que estamos falando aqui. A sensação de impunidade é tão comum que já nem se fala mais. E a polícia é uma piada (de péssimo gosto...) porque nunca fez nada para honrar o seu papel. Aliás, chamar a polícia é perda de tempo. Semana passada, inclusive, um delegado teve a cara de pau de dizer que "não sabia de nada"... que o casal assassinado nunca tinha prestado queixa nem reclamado das ameaças que estava sofrendo. Acho que esse policial aprendeu com o nosso guru Lula da Silva, qu na hora do aperto se fingia de morto... como se inocente fosse.
A história vai se repetir mais uma vez. O governo bota a Polícia Federal no caso, os políticos fazem mil e uma declarações, e a violencia vai continuar imperando no Pará e no resto da Amazonia. A lei da selva é cruel e se fortalece com a impunidade. No maximo agora vão prender os matadores. Talvez consigam botar na prisão por alguns dias os mandantes do crime porque logo os seus advogados vão conseguir comprar uma LIMINAR ou habeas-corpus. Na melhor das hipóteses o julgamento se dará daqui a uma meia duzia de anos, quando o crime já não estará ocupando as páginas principais dos nosso jornais. Enfim, tudo continuará como antes, ou seja, a floresta sendo destruida, lideranças sendo sacrificadas, políticos se elegendo, e a "paz" reinando no Brasil, ao menos na propaganda oficial do governo.

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