Tem coisas que não devem ser ditas, embora possam ser pensadas, evidentemente. E quem não tem nada a acrescentar é melhor ficar calado. Abrindo a boca corremos sempre o risco de dizer "abobrinhas". Algumas pessoas, inclusive, sofrem da chamada "diarréia mental", eufemismo usado por uma questão de educação e de fineza social, digamos assim. Ou como ensina o velho dito popular: "em boca fechada não entra mosca" e outros bichos mais perigosos, acrescento eu.
Ainda sobre a morte de Bin Laden, o nosso patriótico Ministro das Relações Exteriores, contrariando o que acima mencionamos, resolveu dar declarações à imprensa elogiando a ação militar (terrorista, por que não?) dos EUA que resultou na morte do dito cujo. O Sr. Ministro regozijou-se (ops!) com o Presidente Obama enaltecendo os "valores democráticos" que segundo ele (o Ministro) devem prevalecer de agora por diante no Oriente Médio e redondezas. É como se a morte do líder muçulmano resolvesse as questões mais do que delicadas que envolvem não apenas os dogmas religiosos de Maomé, Alá e "seja lá" o que for, mas também uma série de interesses econômicos e políticos dos quais as grandes potências, Estados Unidos à frente, participam efetivamente.
Já dá pra notar que a política externa brasileira está mudando. Aquela posição meio rancorosa contra os americanos parece que vai ser deixada para trás. As declarações do diplomata "patriótico" nas entrelinhas deixa transparecer isso. Tomara, porém, que isso não signifique um recuo com relação às verdadeiras posições que precisamos ter como país soberano. Não podemos de maneira nenhuma voltar a praticar aquela política da subserviência e do puxasaquismo aplaudindo tudo o que o Tio Sam faz.
De qualquer modo, entretanto, "para o bem (Laden) de todos e felicidade geral da nação", melhor seria ficar calado Sr. Ministro!. Suas palavras não acrescentaram absolutamente nada, e pegaram muito mal!
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