Alguns ministros do STF, Supremo Tribunal Federal, ao pronunciarem os seus votos na sessão que reconheceu a união civil dos casais homossexuais, a poucos dias atrás, utilizaram o termo "felicidade". Para eles (e elas), era preciso que a mais alta câmara judiciária do país contribuísse efetivamente para fazer a "felicidade" desta minoria da população (mais uma minoria a ganhar seu espaço..).
O discurso foi aplaudido, é claro, pelas entidades de defesa da "categoria" LGBTS (traduzindo: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Simpatizantes -esta última em forte ascensão, diga-se de passagem, mas na qual, sinceramente, não sinto incluído de jeito nenhum!... Deus é mais!). De fato, as palavras de suas excelências, os homens e as mulheres da capa preta, foram muito bem redigidas e arrancaram até lágrimas de alguns assistentes. Houve até uma certa euforia. Diria que foi comovente mesmo!. Alguém que estivesse chegando ao Brasil naquele dia do julgamento e não conhecesse a história recente do Poder Judiciário (ao inocentar do crime de corrupção as grandes construtoras -empreiteiras-, por exemplo) poderia inclusive dar os parabéns a qualquer cidadão ou cidadã no meio da rua dizendo, "Pôxa, vocês têm um excelente judiciário!" Quem não conhecesse as mazelas deste poder estaria feliz da vida neste momento. Mas infelizmente nós sabemos que não é bem assim. Como se dizia antigamente "debaixo desse angu tem carne"
Que me perdoem suas excelências, mas eu não me comovo com este tipo de discurso. Com todo respeito, suas palavras bonitas, suas frases de efeito e sua retórica bem trabalhada não me convencem de jeito nenhum! Eu queria poder admirar o STF e todos os tribunais do meu país pela JUSTIÇA praticada em defesa dos mais empobrecidos, dos mais abandonados, desta gente miserável que clama por justiça e não recebe nenhuma resposta.. Eu queria aplaudir suas excelências pelo correto tratamento dado àqueles casos que envolvem os "tubarões do capital", as elites brasileiras que sempre exploraram o nosso povo.
Bem, mas talvez seja exigir demais. Com certeza é muito mais fácil e interessante "jogar para a platéia" e conquistar o aplauso de alguma minoria que esteja na pauta da grande mídia neste momento.
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