Ontem, segunda feira, o Governo Federal anunciou mais um "pacote de bondades", ou seja, uma série de medidas visando desonerar a indústria automobilística (fábricas de carros, no popular...) e facilitar a compra de veículos novos. Com a crise econômica batendo à porta de todos os países do planeta terra praticamente, Dona Dilma toma lá suas precauções, afinal, caldo de galinha e prudência não fazem mal a ninguém...!
Ninguém, ao menos que seja doido varrido (!), deixará de apoiar medidas de incentivo à indústria nacional, sobretudo num momento delicado com o este que estamos vivendo. A preservação dos empregos garante o equilíbrio econômico do país, e deve ser a meta e a prioridade numero 01 de qualquer governo. Até aí, tudo bem, aplausos para a nossa amada Presidenta.
Mas, sem querer ser um tipo "estraga prazer", gostaria de levantar uma questão: aonde vamos botar tanto carro? Se não existem projetos consistentes de ampliação e melhoria do transporte público na grande maioria das cidades brasileiras, todas já entupidas de automóveis, como vamos encontrar uma saída? Até quando os centros urbanos irão suportar o acúmulo de veículos em circulação? Só em Brasília já temos mais de um milhão de carros nas ruas! E cada dia chegam mais, e a partir de hoje, com todo este incentivo governamental, haverão de chegar mais e mais...!
Teria sido importante, fundamental mesmo, que além desse pacote de incentivo ao transporte individual, Dona Dilma tivesse lançado também um programa de mobilidade urbana. Mas, o leitor agora me dirá: mas ela já lançou semanas atrás este pacote! Sim, mas não foi de verdade. Foi apenas um "jogo de cena" para impressionar a FIFA, de olho na boa imagem do Brasil para a Copa do Mundo. Eu me refiro a programas que efetivamente possam realizar-se, isto é, máquinas e homens nas ruas trabalhando na construção de alternativas ao transporte de massa. Eu estou falando de trabalho, não de conversa fiada...!
Com muito suor terminei de quitar meu carro, após 48 meses pagando o tal do financiamento. Mas não quero mais trocar de carro tão cedo, não preciso de um carro novo estando o meu em perfeito estado. E se eu comprar um carro novo, eu que já vivo diariamente preso a algum engarrafamento, será mais um carro na balbúrdia que é o tráfego em 99% das cidades do Brasil, e após Lula/Dilma, aí se incluem as cidades do interior sem a mínima infra estrutura de trânsito urbano. Perdoem-me os teóricos da nova economia, mas os impostos ao invés de serem reduzidos deveriam ser aumentados, e o retorno investido em vias públicas e transporte coletivo, quem quiser ter carro tem que pagar mais caro mesmo, e aí eu me incluo, até porque, se tivesse ônibus e Metrô decente talvez a grande maioria não precisaria tanto mais de automóveis particulares...
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