terça-feira, 22 de maio de 2012

AONDE VAMOS BOTAR TANTO CARRO?

Ontem, segunda feira, o Governo Federal anunciou mais um "pacote de bondades", ou seja, uma série de medidas visando desonerar a indústria automobilística (fábricas de carros, no popular...) e facilitar a compra de veículos novos. Com a crise econômica batendo à porta de todos os países do planeta terra praticamente, Dona Dilma toma lá suas precauções, afinal, caldo de galinha e prudência não fazem mal a ninguém...!
Ninguém, ao menos que seja doido varrido (!), deixará de apoiar medidas de incentivo à indústria nacional, sobretudo num momento delicado com o este que estamos vivendo. A preservação dos empregos garante o equilíbrio econômico do país, e deve ser a meta e a prioridade numero 01 de qualquer governo. Até aí, tudo bem, aplausos para a nossa amada Presidenta.
Mas, sem querer ser um tipo "estraga prazer", gostaria de levantar uma questão: aonde vamos botar tanto carro? Se não existem projetos consistentes de ampliação e melhoria do transporte público na grande maioria das cidades brasileiras, todas já entupidas de automóveis, como vamos encontrar uma saída? Até quando os centros urbanos irão suportar o acúmulo de veículos em circulação? Só em Brasília já temos mais de um  milhão de carros nas ruas! E cada dia chegam mais, e a partir de hoje, com todo este incentivo governamental, haverão de chegar mais e mais...!
Teria sido importante, fundamental mesmo, que além desse pacote de incentivo ao transporte individual, Dona Dilma tivesse lançado também um programa de mobilidade urbana. Mas, o leitor agora me dirá: mas ela já lançou semanas atrás este pacote! Sim, mas não foi de verdade. Foi apenas um "jogo de cena" para impressionar a FIFA, de olho na boa imagem do Brasil para a Copa do Mundo. Eu me refiro a programas que efetivamente possam realizar-se, isto é, máquinas e homens nas ruas trabalhando na construção de alternativas ao transporte de massa. Eu estou falando de trabalho, não de conversa fiada...!

Um comentário:

  1. Com muito suor terminei de quitar meu carro, após 48 meses pagando o tal do financiamento. Mas não quero mais trocar de carro tão cedo, não preciso de um carro novo estando o meu em perfeito estado. E se eu comprar um carro novo, eu que já vivo diariamente preso a algum engarrafamento, será mais um carro na balbúrdia que é o tráfego em 99% das cidades do Brasil, e após Lula/Dilma, aí se incluem as cidades do interior sem a mínima infra estrutura de trânsito urbano. Perdoem-me os teóricos da nova economia, mas os impostos ao invés de serem reduzidos deveriam ser aumentados, e o retorno investido em vias públicas e transporte coletivo, quem quiser ter carro tem que pagar mais caro mesmo, e aí eu me incluo, até porque, se tivesse ônibus e Metrô decente talvez a grande maioria não precisaria tanto mais de automóveis particulares...

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