E o Carlinhos Cachoeira entrou mudo e saiu calado da sala de audiências da Comissão Parlamentar de Inquérito ontem à tarde, aqui em Brasília. Devidamente orientado pelo advogado, o grande Marcio Thomas Bastos, o corrupto mais famoso do Brasil nada falou. Então não foi desse vez que o couro comeu, a bomba estourou, a vaca foi pro brejo... Os senhores senadores e os ilustres deputados ficaram com a "cara de mamãe sacode" (como se dizia nos meus tempos de menino lá na Bahia). Muito foguete pra pouca (ou nenhuma) festa!...
O que de fato causou maior impacto foi a notícia de que o presidente da CPI mantém na folha de pagamento do seu gabinete uma funcionária fantasma, vejam só! Aliás, não se pode ver porque é fantasma... O que acontece, na verdade, é que tanto o Senado como a Câmara dos Deputados parecem mais um castelo mal assombrado do que qualquer outra coisa. E o que dizer das câmaras municipais e dos gabinetes oficiais por este país a fora? A minha sugestão neste caso é que se contrate os personagens daquele filme "Caça Fantasma" para fazer uma varredura em todas as estruturas de governo, do Palácio do Planalto a mais humilde prefeitura do interior mais afastado.
Outra coisa: quem vai investigar aqueles que investigam? Sim, porque não se trata apenas do presidente. A imprensa já divulgou que boa parte dos membros desta comissão respondem a algum processo nos tribunais superiores.Desse jeito fica difícil realmente acreditar na lisura, na imparcialidade ou na honorabilidade (ops!) dessa turma.
E para recordar a recente briga entre dois pastores evangélicos muito famosos, um acusando o outro de roubo, mas nenhum dos dois conseguindo provar que de fato é honesto... aqui se trata do sujo falando do mal lavado
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