Pedindo mil desculpas pela nossa ausência nesses dias, retornamos ao batente com os nossos comentários sobre a cena política e o cotidiano trivial deste país chamado Brasil.
Hoje pela manhã bem cedinho ouvi na Rádio CBN uma rápida entrevista do Ministro das Cidades falando sobre o PAC da prevenção dos desastres naturais. Todo mundo sabe o que aconteceu na região serrana do Rio de Janeiro há dois anos atrás mais. Duas mil pessoas perderam a vida devido aos desabamentos dos morros. Todo mundo também se lembra dos discursos inflamados das autoridades e de suas inúmeras promessas, as quais, pra variar, não deram em nada até agora.O Ministro supra citado, Sr. Fernando Bezerra, disse em alto e bom som que tem dinheiro para aplicar em obras de prevenção mas que os prefeitos não fazem projetos adequados. Então a grana fica em Brasília e não chega aos municípios porque sem projeto o governo não libera as verbas, e com razão, diga-se de passagem.
"Cá com os meus botões", como se dizia antigamente, o que também se sabe é que no Brasil os gestores públicos tem muitos projetos. O Ministro das Cidades está enganado! Imagina se um prefeito de qualquer cidade não tem projetos.. Claro que tem! E que projetos são esses, afinal? Por exemplo, construir uma mansão para a sua família, comprar um carro de luxo, empregar no serviço público os seus parentes e amigos mais chegados, comprar uma fazenda, beneficiar as suas empresas (algumas fantasmas, inclusive...), etc. Ou seja, projetos pessoais! A carreira política transformou-se na carreira da promoção pessoal, do sucesso individual econômico-financeiro do político e nada mais. Política com "P" maiúsculo é coisa do passado. E as exceções só confirmam a regra.
Por isso, ninguém espere que o PAC consiga alguma coisa não.PAC 1, PAC 2, PAC disso, PAC daquilo, tudo emPACado realmente.
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