A situação da educação pública no Brasil é pior, muito pior do que se imagina. Quem quiser saber desta realidade é só visitar uma escola. Os governos investem muito em propaganda, mas ao mesmo tempo cortam verbas e estabelecem limites às despesas com educação. Nossos políticos e dirigentes dizem uma coisa e fazem outra completamente diferente. Com raríssimas exceções, o que se vê pelo país a fora são prédios caindo aos pedaços, sem estruturas adequadas ao mínimo que se espera de um estabelecimento de ensino. É de fazer vergonha mesmo!
Além da falta de estruturas ou da carência de estruturas físicas e pedagógicas, a escola pública brasileira passa por uma fase histórica de desvalorização tremenda do professor. Trata-se mesmo de uma raça ameaçada de extinção!. Essa desvalorização dos nossos mestres começa pelos baixos salários e se agrava pela pouca consideração e falta de respeito por parte dos alunos e até mesmo das famílias dos alunos. Não se tem notícia de um tempo como esse, ou seja, em que o professor foi tão humilhado!
Abro os comentários desta semana falando sobre este assunto porque ouvi agora de manhã bem cedo Dona Dilma toda contente no rádio dizendo que a sua viagem a China foi linda e maravilhosa e que pelo menos duas grandes indústrias chineses do ramo da tecnologia pretendem se instalar no Brasil. Para isso, segundo a presidenta, precisamos de mais formação profissional, ou seja, o país tem que estar preparado em termos de mão-de-obra especializada.
Agora eu, na minha santa ignorância, pergunto: como vamos fazer isso Dona Dilma se a senhora mandou cortar ("contingenciar", pra que o termo fique mais leve...) verbas destinadas a educação? Por acaso serão os chineses que passarão a investir na construção e modernização de escolas e equipamentos ou mesmo no pagamento dos nossos professores de hoje em diante? Ora, faça-me o favor! Quem tem pelo menos 100 gramas de massa cinzenta no cérebro sabe que isso é uma enganação, uma grande balela, um discurso hipócrita enfim.
Mas tudo bem, a mulher tá começando agora o seu governo. Vamos dar um tempo (mais um) e esperar pra ver o que é que acontece. Tomara que daqui a dez ou vinte anos ainda tenhamos jovens com um mínimo de preparo acadêmico dispostos a encarar a cadeira de professor na rede pública.
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