Estou começando a semana nesta terça feira. Mas os senhores e senhoras parlamentares aqui em Brasília fazem pior do que eu, pois só iniciam os "trabalhos" na quarta e na sexta feira já não há sinal desse povo por aqui.
Quero falar das novelas da Globo. Neste feriado estive conversando com algumas pessoas que se diziam assustadas com o baixo nível dessas produções televisivas (ops!). A baixaria sexual é tão grande que já não se pode mais falar em decência. Os "noveleiros" estão apelando pra ignorância mesmo! Estão batendo abaixo da cintura sem dó e sem piedade!. Meu Deus do céu!
Um pequeno (?) exemplo da baixaria: na novela das oito (a "jóia da coroa" global) uma adolescente fala para sua irmã que quer perder a virgindade, e para isso escolheu um dos seus professores. Promessa feita e cumprida, a irmã pergunta como é que vai ficar a situação agora. A menina responde que "a fila anda", e que não vai acontecer simplesmente nada, porque o que ela queria fazer já fez e pronto!
Parece que a luta por alguns pontos no IBOPE transformou nossa TV numa verdadeira latrina, num mictório, numa sarjeta onde são depositados os excrementos da sociedade. Eu fico a imaginar os estragos que esses "valores" transmitidos pela TV poderão causar. Infelizmente já não se pode mais contar com o discernimento dentro de casa porque os próprios pais estão mais perdidos do que cego em tiroteio. Em outras palavras, quem devia orientar está desorientado também.
Claro, se os pais pudessem discutir esses assuntos com os seus filhos não haveria nada de mal. Estaríamos supondo que as novelas servissem de base para uma discussão séria acerca dos temas que de fato interessam aos nossos filhos. Desse modo, o diálogo em casa fortaleceria o conjunto de valores morais dos quais a família é guardiã. Seria até didaticamente interessante porque a discussão se daria em cima de fatos ou de exemplos bem concretos.
Entretanto, sabemos que esta avalanche de porcarias que a televisão despeja diariamente em nossas casas vai causar sérios danos na juventude. A personalidade formada a partir dos valores transmitidos especialmente pela família vai ser confrontada com esses modelos fortemente determinados pelo egoísmo, pelo hedonismo, pelo consumismo e todos os "ismos" dominantes em nossa sociedade.
O que podemos fazer então? Não vejo outra saída que não passe pela retomada do diálogo em família, mesmo que isso custe alguns sacrifícios. Tentar conversar sobre esses temas, abrir-se ao diálogo franco e aberto com os filhos é a coisa mais importante.Talvez ainda reste alguma esperança, apesar das novelas da Globo.
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