quarta-feira, 6 de abril de 2011

MUITO CACIQUE PRA POUCO ÍNDIO !

Todo ano é a mesma coisa, algumas dezenas de oficiais superiores do Exército, Marinha e Aeronáutica são promovidos ao posto máximo de generais. O Brasil vai se consolidando, assim, como o "país dos generais", apesar de já estarmos a uma razoável distância do regime militar. Temos com certeza generais em excesso! Enquanto isso, nas fronteiras a situação de abandono persiste. Não faz muito tempo, aliás, o jornal "Folha de São Paulo" publicou extensa matéria em que denunciava a inexplicável desproporção numérica entre os contingentes militares existentes nas regiões sul e sudeste e aqueles sediados na Amazonia, por exemplo. Ou seja, tem militar demais em alguns lugares "privilegiados" do país enquanto que em outros não tem q uase ninguém.
Olha, pelo amor de Deus, não quero que se diga por aí que eu estou fazendo campanha contra as nossas gloriosas formas armadas (ou serão "desarmadas"... conforme escrevi neste blog há poucas semanas atrás..?). Apesar de ser totalmente a favor da chamada "comissão da verdade", que investigaria os crimes cometidos pelos militares durante os "anos de chumbo" exatamente por não concordar com as maldades que foram feitas por Castelo Branco, Médice e Cia Ltda, tenho por esses homens (e mulheres) da farda um grande respeito. Dentro de suas missões constitucionais (e nada além disso) as FA tem  um papel importante a desempenhar. Portanto, não creio que seja salutar qualquer tipo de precocneito contra elas.
Tudo bem, mas o que eu fico me perguntando é se não seria melhor termos mais proteção e segurança nas fronteiras por onde entram armas e drogas o tempo todo, do que aumentarmos a cada ano esta legião de quatro estrelas nos ombros. Esses generais, afinal de contas, vão comandar quem? Não é muito cacique pra pouco índio não? Por que não investir mais na profissionalização das nossas FA e coloca-las a serviço da segurança do país aonde realmente se faz necessário?
Enquanto os senhores generais fazem festa em Brasilia e os puxa-sacos de sempre batem continência, o crime organizado pinta e borda, mata e esfola na vastidão das florestas e rios brasileiros.

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