Sempre se disse que aquela parte do mundo que sustenta o mundo "petrologizado" (ops!), quer dizer, esse nosso mundo movido (e poluido) a derivados de petróleo era um verdadeiro "barril de pólvora". A queda do ditador do Egito, e agora a mais que provável queda de Kadafi na Libia, comprova isto.
O que me chama a atenção é o fato de as grandes potências, puxadas pelos Estados Unidos, ocuparem os espaços da mídia internacional para, de repente, não mais que de repente, pousarem de defensores da democracia e dos direitos humanos. E o Brasil, chefiando temporariamente o Conselho de Segurança da ONU, também colocou-se neste grupo. Sim, o mesmo Brasil cujo então Presidente Lula visitou a Líbia e encheu o seu ditador de elogios. Rolou abraços, afagos e belos discursos dirigidos também em outras visitas a diversos ditadores pelo mundo a fora. Diga-se de passagem que o fato não é tão antigo assim não, mas ao que parece a nossa diplomacia mudou repentinamente de rumo. Será por acaso o chamado " efeito Dilma"? Isso me faz lembrar aquele nosso presidente que falou o seguinte: "esqueçam o que eu disse!" E assim nossos políticos vão vivendo, movidos a demagogia, aqui dentro como lá fora.
A crise no Egito e na Líbia, que com certeza mais cedo ou mais tarde vai se expandir por outros países da África e Oriente Médio, também serve de alerta para todas as nações do planeta. E dessa crise podemos tirar muitas lições. Aliás, a sabedoria da humanidade consiste também em aprender com a história, seus erros e acertos. No mundo globalizado, interconectado já não existe mais espaço para ditaduras ou dogmatismos. Vivemos hoje o tempo do diálogo, um diálogo cada dia mais amplo, geral e irrestrito. Ninguém mais pode se dar ao luxo de pretender ser o "dono da verdade" ou de dizer o que é certo e o que é errado. A verdade só poderá surgir da liberdade de expressão e da comunicação (inter-comunicação) permanente das opiniões.
Tomara que cesse a matança e que o povo daquele país possa reencontrar a paz, uma paz que brota da livre expressão de idéias. Dizem que a democracia não é o melhor regime, mas por enquanto ainda não inventaram uma coisa melhor.
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