Hoje, quinta feira, 24 de maio de 2011, o Brasil amanheceu de luto. Na noite passada o Supremo Tribunal Federal resolveu derrubar a aplicação da chamada "Lei da ficha limpa" que "tirou de circulação" um bom numero de políticos corruptos, impedindo a sua posse em cargos eletivos. De acordo com a decisão do STF a lei só passará a valer a partir das eleições municipais de 2012. Antes disso, nada.
Enfim, hoje é dia de tristeza para o povo brasileiro, que por sinal foi quem fez a proposta diretamente através de um "projeto de iniciativa popular", figura jurídica criada pela Constituição, sem dúvida, uma das melhores coisas que a nossa Lei Magna contempla. Esta foi uma luta muito grande, assumida por diversas organizações da sociedade civil como apoio decisivo da Igreja Católica. Milhares e milhares de assinaturas foram colhidas em todo o país, expressando o descontentamento e até mesmo a revolta do nosso povo com relação a bandalheira que infelizmente ainda permanece na administração pública. Agora foi tudo por água abaixo!
Mas se por um lado a tristeza invade o Brasil, por outro os corruptos fazem festa. Muito uísque 12 anos vai rolar! Tipos como Jader Barbalho, do Pará, por exemplo, não cabem em si de contentes. Todo esse pessoal poderá voltar tranquilamente ao Legislativo e sorrir para as câmeras de TV como se nada tivesse acontecido. Gente condenada em três instâncias judiciais, ladrões mais do que conhecidos e reincidentes, falarão grosso e pousarão de honestos e probos. Todos eles (e elas) estarão novamente à vontade para continuar roubando o dinheiro público, a saúde do povo, a merenda escolar das crianças, etc., sem que ninguém os incomode.
O que mais me assusta é o fato de saber que os "homens e as mulheres de capa preta", bem como a maioria dos nossos executivos e legisladores, não estão nem aí para os sentimentos e as aspirações do povo brasileiro. Tenho a impressão mesmo de que não existe qualquer sintonia. São seres descolados da realidade brasileira. Vivem num mundo à parte! Com certeza em seus carrões oficiais, de vidros "fumê", as "excelências" que nos governam e dizem o que é direito e o que não é, dificilmente enxergam o sofrimento do "Zé povinho", esta pobre gente que lhes paga o salário e lhes concede as mordomias.
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