quinta-feira, 17 de março de 2011

ESSA TAL DE COISA PUBLICA...

O que mais se fala em Brasília é o caso da deputada federal Jaqueline Roriz, filha do ex-governador do Distrito Federal, metida até o pescoço na grande onda de corrupção que há tempos acontece por aqui pelo planalto central, assim como em outras regiões deste nosso Brasil varonil. A quadrilha envolve tanta gente que seria preciso um estádio de futebol para manter essas pessoas atrás das grades. O chamado "mensalão do DEM", cópia quase fiel do famoso "mensalão do PT", foi manchete de jornal por algum tempo, mas a exemplo do seu antecessor logo logo foi esquecido. Aliás, já se passaram mais de seis meses e ainda não aconteceu o julgamento do Sr. José Dirceu e Cia Ltda (ilimitada na arte de desviar dinheiro publico para fins político-eleitoreiros...). Então, convenhamos, neste ponto PT e DEM estão tecnicamente empatados.
Para completar o quadro, a supra citada deputada ("daputada", como me dizia uma velha líder comunitária no sertão da Bahia certa feita), também empregou uma turma enorme de parentes e "aderentes", além de desviar uma boa grana para as empresas do marido. É aquela velha estória "família que rouba unida permanece unida!". Neste ponto a Jaqueline até que foi coerente, isto é, seguiu à risca o mesmo modelo político do seu pai e de uma boa parte da classe política desse nosso país. Condená-la, então, por que?
Acontece que "o buraco é mais embaixo", pra ser mais claro. O brasileiro é assim mesmo! A noção que nós temos de "coisa pública" na realidade é mais privada do que pública. O que era para ser de todos, acaba sendo de uns poucos espertalhões. Achamos tranquilamente que esta apropriação é normal. Não tem nada de mais meter a mão no dinheiro do povo para beneficiar a família, os amigos, os correligionários, etc. A lei é simplesmente esta: "Mateus, Mateus,primeiros os teus..!".
Enquanto não mudarmos esta mentalidade "privacionista" (ops!)nada vai mudar no Brasil.  Creio que isto só se daria através de um maior investimento na educação de base, formando as futuras gerações para o real sentido da "coisa pública". Não sei se é este exatamente o interesse principal dos nossos governantes de plantão.

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