A vida de um professor no Brasil não é nada fácil. A coisa é muito pior quando se trata de professor da rede pública de ensino. Com exceção, talvez, de um seleto grupo que leciona nas universidades, o magistério pago pelos governos é sofrido, suado, desprestigiado... e tudo de ruim que possamos imaginar.
Ontem li na "Folha de São Paulo" uma matéria que dizia que muitos professores concursados e que tomaram posse neste início de ano estão pedindo para sair. As demissões voluntárias crescem a cada dia sob a alegação, sobretudo, de falta de estrutura nas escolas e problemas relacionados a disciplina e interesse dos alunos. Os jovens que terminam uma faculdade e pensam em dedicar-se ao magistério nos ensinos fundamental e médio estão, digamos assim, com o pé atrás. Mesmo sendo aprovados em concursos no estado ou na prefeitura, esses novos mestres não se sentem atraidos a ingressar na carreira.
Bem, que a educação neste país continua uma droga, isto todo mundo está careca de saber. Apesar deste ou daquela "avanço", a situação não mudou muito. O Brasil perde feio em todos os índices, inclusive no nível universitário. Recentemente foi publicada uma pesquisa que mostrou quais são as 100 melhores do mundo e nenhuma, repito, nenhuma universidade brasileira foi contemplada. Sem dúvida o mundo sabe, além de nós, que a educação (pública) no Brasil é de péssima qualidade.
Creio que se não mudarmos rapidamente este quadro, daqui a pouco não haverá mais profissionais nas escolas. Com esta falta de apoio e incentivo a docência, o que será das futuras gerações? Professores sem estímulo, mal remunerados e humilhados em sala de aula, certamente pensarão em cair fora do magistério e ganhar a vida em outra profissão. Então, aonde vamos parar? Ou será que é possível construir um país forte e dinâmico sem uma boa educação? Dona Dilma sabe disso, e se ela sabe, esperemos que faça alguma coisa, antes que seja tarde.
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