De volta a Brasília fui recebido por uma chuva maneirinha maneirinha, água fina e gostosa, dessas que a gente fica doido pra se molhar. Seja muito bem vinda, oh chuva de outubro, primavera mais do que feliz para o povo desta terra estorricada pelo sol inclemente que tudo devora. Agora sim, podemos respirar mais e melhor.
Sobre as nuvens, voando de volta pra cá, deparei-me com uma reportagem da VEJA a respeito das falcatruas do velho cacique ("dono" do Maranhão..) e as suas estreitas ligações com o Poder Judiciáro brasileiro. Apesar de conhecer este senhor faz muitos anos, confesso que me surpreendo ainda com a sua capacidade de penetrar em todas as esferas do poder e conquistar para o seu grupo (melhor seria dizer "quadrilha"...) tudo qanto deseja. Ele quer, ele manda, e todo mundo obedece. Que segredos macabros este Sarney esconde só Deus sabe! Um dia saberemos, se vivos estivermos até lá, é claro. O que todo mundo está careca de saber neste país é que entra ano e sai ano, entra governo, sai governo, nasce o papa, morre o papa, desce o dólar, sobe o dólar, ministro entra, ministro sai, economia com inflação ou sem ela, o diabo do homem permanece de pé com o seu bigodão! Vade retro !!!
E o mais engraçado (e triste) da reportagem é o relato de que numa festa de casamento (gostaria de saber quem foi o padre... ou o bispo que presidiu a cerimonia...)do filho do Ex-ministro do STF, Sepulveda Pertence, que por mera coincidência é o presidente de uma tal de "Comissão de ética pública", montada pelo Palácio do Planalto, os convivas foram brindados com um regalo: frascos de lança-perfume para melhorar a "qualidade" da diversão. Fosse na minha c asa ou na sua, a essa altura do campeonato estaríamos mofando no xilindró, na cadeia nojenta de uma delegacia qualquer. Isso é que eu chamo de "ética pública"... o resto é resto.
A sem-vergonhice das nossas elites não tem tamanho realmente. Meus amigos e minhas amigas, vou dizer uma coisa pra vosmecês: Brasília fede, fede pra caramba! Tanto asim que eu vou sair agora pra comprar uma máscara e me postar diante do Congresso Nacional em sina de protesto. Antes porém, vou solicitar dos três poderes (como aprendi incentemente na escola), Executivo, Legislativo e Judiciário, que me paguem um gordo salário. E por favor não se esqueçam de trazer também o meu frasco de lança-perfume pra que eu possa me divertir um pouco nas horas de tedio.
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