Existe um ditado meio pessimista que afirma que "ninguém dá ponto sem nó". Quando se trata de político muito menos, acrescento eu. A rebelião do PMDB, ocorrida logo no início do mandato de Dona Dilma, evidencia isto com todas letras (e números também). O líder do partido declarou que o reajuste proposto pelo governo para o salário mínimo era pouco, e ameaçou barrar o projeto e atrapalhar os planos oficiais do Palácio do Planalto para a economia em 2011.
Acontece que a briga, na verdade, não era pelo direito do trabalhador ou pela melhoria das condições de vida da "peãozada" e sim pela manutenção de uma fatia expressiva do poder. Suas excelências não estão (nunca estiveram) preocupados com a classe trabalhadora, a não ser na medida em que esta lhes traga algum retorno eleitoral (=financeiro) concreto.
O "toma lá dá cá" é a expressão mais verdadeira da política partidária nacional. E isto se aplica não apenas ao PMDB, diga-se a bem da verdade.
No começo desta semana a imprensa publicou o "rombo" que o Tribunal de Contas da União, a Controladoria Geral da União e outros orgãos federais detectaram na FUNASA, a Fundação Nacional de Saúde. Nada menos do que 500 milhões de reais foram "surupiados" nos últimos cinco anos. Quem estava no comando? Afilhados dos grandes caciques do PMDB. Faz sentido crer que essa "bolada" de dinheiro não foi parar somente nas mãos dos afilhados. Assim se explica porque foi que o partido do Sr. José Sarney botou o pé na porta do gabinete presidencial e exigiu que a FUNASA, verdadeira "galinha dos ovos de ouro", continuasse sob o seu controle. Para que terminar um "negócio" que estava dando tão certo?
Convoco então os meus leitores a participar de uma mega campanha que pretendo começar nos próximos dias. Vamos enviar caixas e mais caixas de óleo de peroba para os gabinetes do Congresso Nacional. Reservaremos mais algumas para os ministérios (não podemos discriminar ninguém nesta campanha, afinal).
Desconfio que teremos que contratar dezenas de carretas para levar a mercadoria porque a quantidade de "caras de pau", convenhamos, é muito, muito grande.
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