sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A CHUVA E O LIXO

Já são quase 500 os mortos por causa das enchentes e deslizamentos de terra no RJ. A mídia está dizendo hoje que esta é a maior tragédia já ocorrida no BR. Penso que só quem perdeu parentes e amigos é capaz de avaliar o que isto significa realmente. 
As águas passam, mas a dor e a saudade permanecem por um bom tempo!
Mas como em toda crise ou tragédia, é preciso que depois se faça uma espécie de "rescaldo" ou uma vistoria detalhada nos escombros do que sobrou afinal. Isso vale também, creio eu, para as crises e tragédias humanas, afetivas...  Em suma, temos que tirar as lições de tudo o que acontece, inclusive das coisas negativas, porque nada há de tão negativo que não tenha algo a nos ensinar. Como alguém que procura atentamente alguma coisa aproveitável em meio aos entulhos depois do desastre, precisamos "garimpar" elementos positivos/construtivos após os nossos desastres pessoais também (!).
E daí? Daí que essas "tragédias pluviométricas" (ops! corra pro Aurélio)) são causadas em boa parte pelo lixo que as pessoas costumam "inocentemente" jogar nos rios, nos lagos, nas represas, nos bueiros, nos esgotos e no meio da rua. Aqui falamos da tradicional falta de educação do povo brasileiro em geral. Faz um tempão que estou a procura de algum estudioso da matéria que possa me dar uma explicação minimamente convincente. Por que somos desse jeito? Não basta aplaudir o discurso dos economistas que dizem que o BR será em breve uma das cinco maiores potências mundiais. O progresso econômico não tem sentido sem o progresso humano e social. Uma coisa, aliás, deveria ser consequência da outra. 
Estamos muito preocupados em salvar a floresta amazônica. Tudo bem, tá certo! Porém, que tal começarmos fazendo o "dever de casa", isto é, salvando o bairro, a comunidade, a cidade aonde vivemos? Que  tal se na escola, desde os primeiros anos, o brasileiro aprendesse a lavar as mãos antes das refeições, a dar descarga após usar o banheiro, a não jogar lixo na rua (muito menos nos bueiros e nas águas em geral) ?. Que tal aprendermos a sermos pessoas menos egoístas e mais cordiais, inclusive com a natureza? Sim, porque toda agressão contra ela tem um preço, e um preço caro muitas vezes! Ligue a TV e veja com seus próprios olhos.

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