Uma nova semana começa mas o assunto em destaque ainda é a castástrofe do Rio de Janeiro. E não poderia ser diferente, uma vez que se trata da maior tragédia ocorrida em terras brasileiras. Os mortos já passam de 600! Ninguém pode imaginar o que significa perder de repente pai, mãe, filhos, marido, mulher... Isto sem falar dos bens materiais que se foram com a enxurrada.
A dor é imensa e somente o tempo, bastante tempo, poderá cicatrizar feridas tão grandes.
Mas o que eu queria ressaltar aqui é a incapacidade dos nossos governantes -todos, os do presente e os do passado- de se auto-avaliar,digamos assim. Seja qual for a situação, o governo nunca assume a sua própria responsabilidade. Todo mundo é inocente, ou "se faz" de inocente, mesmo depois de comprovada a sua responsabilidade. A culpa é jogada sempre para os outros, e não raras vezes para as vítimas. Quando não acontece isto, as autoridades "empurram com a barriga" a apuração dos casos através de infindáveis e obscuros processos administrativos que não dão em absolutamente nada. "E tudo continua com antes no quartel de Abrantes...!" O tempo passa, a mídia "esquece" (ou faz de conta que esqueceu") e nós seguimos andando, deixando para trás os cadáveres. Este é um país de memória curta, curtíssima! Bom para os governantes, péssimo para o cidadão.
Termino fazendo algumas indagações: por que o Ministério Público não questiona esse estado de coisa? Não estaria mais do que na hora de pressionar (e processar) os senhores governadores e prefeitos (talvez a Presidente e seus ministros) que não dão a mínima importância a segurança da população? Ainda que a nossa Justiça seja lenta, ineficaz em muitos casos, etc. não podemos desistir de bater à sua porta. Pelo amor de Deus, ficar como está não pode!
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