segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A IGREJA CATÓLICA ESTÁ FICANDO MENOR

O Jornal do Brasil publicou ontem, domingo, uma ampla matéria sobre a Igreja Católica no Brasil, destacando como sempre, aliás, a questão da perda ou da diminuição expressiva do numero de católicos praticantes. A reportagem apesar de ampla não considera todos os aspectos do problema (se é que existe problema). Tenta falar de tudo e acaba não falando de quase nada, ou pelo menos nada do que realmente interessa.
Creio que é preciso, dentre outras coisas, esclarecer o que todo já sabe mas às vezes finge não entender. A Igreja Católica Apostólica Romana não possui mais o monopólio da fé e da religião. O tempo da chamada "cristandade" já passou. Ninguém mais "nasce católico" ou segue a religião dos seus pais por uma simples questão de costume ou tradição. Por outra parte, também as ligações Igreja-Estado foram rompidas com a chegada do "Estado laico", isto é, sem religião oficial.Cessaram os privilégios que a Igreja possuia e agora cada qual cuida da sua área.
Dizer que os católicos diminuiram é um fato que ninguém pode negar. Agora, o que isto tem de ruim? A meu ver, nada. Muito pelo contrário, talvez hoje a "qualidade" seja até melhor do que antes. Passado o tempo de uma certa imposição da fé católica, chegou o momento da opção livre que leva quase sempre a um comprometimento maior com a comunidade de fé. Uma Igreja toda-poderosa dará lugar, quem sabe, a  uma Igreja mais humilde, mais simples, mais aberta ao diálogo com todos os setores sociais. Por outro lado, vivemos  numa sociedade que se caracteriza sobretudo pela pluralidade de ideias, inclusive religiosas. Não há como fugir disso! Então, se quisermos viver nesta sociedade cada vez mais aberta e plural, não podemos pretender uma hegemonia, um domínio de uma fé sobre as outras.
Sinceramente, eu não estou nem um pouco preocupado com esta situação. O que me preocupa é como vamos sobreviver nesta sociedade multi-cultural, "multi-modal",diferente. Como a hierarquia da Igreja vai saber (ou se vai saber) enfrentar os novos desafios que tem pela frente. A coisa não é fácil! Se ela recuar para as trincheiras do conservadorismo -como parece estar acontecendo sob o pontificado de Bento XVI- com certeza daqui a alguns anos os católicos formarão apenas um gueto, uma parcela ainda expressiva, mas com pouca influência concreta nos destinos da humanidade. A Igreja Católica não passará de uma sombra muito tímida do que já foi no passado.
Uma boa semana para todos voces que me acompanham!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A DESGRAÇA DO BRASIL

Aonde estão as oposições no Brasil? Em que lugar se esconderam? Por que não mostram a cara (e a coragem) neste momento? Bateram em retirada após as eleições? Estas e outras perguntas povoam minha cabeça nos últimos dias, dias em que vejo reluzir nas páginas dos jornais e nos noticiários da mídia em geral manchetes escandalosas envolvendo políticos de todas as esferas.
Talvez esteja enganado, mas o silêncio geral, ou pelo menos a timidez das poucas vozes que se levantam, aponta para a resposta que tanto procuro: não existe mais oposição neste país. A afirmação é meio taxativa (e perigosa), mas não deixa de ter no mínimo no mínimo um fundo de verdade. Com exceção dos chamados "partidos nanicos", de esquerda (o que podemos chamar de esquerda hoje em dia?), ou seja, PSOL, PSTU, PCO e outros que mal conheço, os outros (PSDB, PV, DEM, etc.) não se definem, ou mal se situam no contexto da oposição ao governo atual. Aqui em Brasilia, por exemplo, já se fala que os deputados distritais do PSDB vão aderir ao Governador Agnelo do PT. 
Pode uma coisa dessa?
O problema dos "nanicos" é o seu radicalismo, a sua miopia que impede de enxergar a evolução do mundo político. São os eternos saudosistas da velha "ditadura do proletariado" com sua foice, martelo e boina vermelha do Che Guevara (!). Vivem fora de órbita esses caras! Quanto aos outros partidos, a questão da sobrevivência político-eleitoral é sempre colocada em primeiro plano. Ninguém quer se dar mal, afinal! Todos querem estar com a cabeça fora d' água, se possível em lugar de algum destaque. Não há um projeto claro e definido nem existem discursos coerentes. Quando se apresentam ao país dizem coisas desconexas, sem muito sentido (lembram-se de que Serra até elogiou o Lula na última campanha?). Em suma, esses partidos não apresentam alternativas viáveis para o Brasil. Se o Zé (Serra) por acaso ganhasse as eleições, o que mudaria fundamentalmente? Que projeto político-administrativo colocaria em prática?
Para mim, a grande desgraça do Brasil atualmente é a canalhice dos aproveitadores reforçada pelo silêncio de quem podia falar e covardemente se cala. A unanimidade dos aplausos é um péssimo sinal. A ausência do debate e da crítica, muito pior ainda.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

ATRÁS DE UMA BOQUINHA

Acontece cada  uma nesse país! Não é sem razão que o brasileiro é considerado o povo mais criativo do mundo. E foi assim que, tentando pegar uma carona no "trem da alegria" dos ex-governadores pensionistas da "viúva", apareceram de uma hora pra outra as tetranetas de Tiradentes, aquele que foi enforcado no interior das Minas Gerais ainda no tempo do domínio português. As ilustríssimas senhoras, que de bobas não tem nada, querem também receber uma pensão do governo. Parece que o pescoço do pobre alferes J. J. da Silva Xavier está rendendo dividendos até agora!
O escândalo das pensões vitalícias dos ex-governadores é um verdadeiro escárnio, um tapa na cara do trabalhador e da trabalhadora que acordam de madrugada e ralam o dia inteiro para ganhar uma merreca de salário. Em compensação, quando se aposentam, no ocaso de suas vidas (ops!), a merreca ainda é menor. O INSS com seus cálculos incompreensíveis  faz o milagre da diminuição do salário, como se a pessoa na velhice fosse gastar menos dinheiro do que na idade adulta. Tem lógica uma coisa dessa? Por esse motivo tem muita gente que prefere continuar trabalhando depois dos 60 anos de idade para não ter seu salário mensal reduzido. Outras pessoas se aposentam e logo vão procurar um "bico" para complementar a renda. 
A vida se reduz, mas o salário não, o que não deixa de ser um consolo!. 
Dito isto, e já que estou bem pertinho dos "home",  vou dar aqui uma sugestão aos senhores senadores e deputados: que tal fazer um rodízio no cargo de governador de estado? A lei diria o seguinte: "todo brasileiro(a) maior de idade  poderá  inscrever-se para ocupar o cargo de governador por um período não superior a 10 dias, o que automaticamente lhe dará o direito de aposentar-se com salário idêntico ao titular do cargo". Creio que esta seria a melhor solução para o problema das tristes aposentadorias da classe trabalhadora no Brasil. Simples não? Sem burocracia, sem perda de  tempo nas filas da Previdencia, sem nada. O sujeito (ou a sujeita) alisa a cadeira do executivo estadual e depois de 10 dias se levanta e vai curtir a vida tranquilamente...
PS.- Gente amiga, não perca mais tempo! Procure logo um cartório e verifique se por acaso voce não tem alguma ascendencia com Pedro Álvares Cabral, Tomé de Souza, Mem de Sá, Araribóia, Caramuru,... Não custa nada tentar. Vai que a coisa dá certo e voce descola uma boquinha também?

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

PACIENCIA TEM LIMITE !

      E de repente, não mais que de repente, a pequena e pacata Cidade de Santo Antonio do Descoberto, na divisa entre Goiás e o Distrito Federal,  foi "descoberta" pela Globo e saiu no Jornal Nacional. O assunto foi manchete também em todos os jornais e demais veículos de comunicação, sobretudo aqui de Brasília. Deus do céu, o "bafafá" foi grande, "o couro comeu" e "o bicho pegou" nas ruas de Santo Antonio segunda feira que passou.
      O povo foi às ruas protestar contra a administração municipal. Não houve uma orquestração de lideranças ou de movimentos político-sociais (MST por exemplo) ou até mesmo um objetivo específico, mas tudo indica que a insatisfação popular tinha a ver com o abandono em que o município se encontra. Como em quase todo o interior do Brasil (pra não falar das capitais, que isso todo mundo já sabe...) a carência é total e absoluta: falta escola, falta hospital, falta transporte, etc. etc. e sobra incompetência, má vontade, corrupção e descaramento por parte do administradores da coisa pública.
     Mas a novidade aqui não é exatamente a constatação dessa triste realidade e sim o fato de que os cidadãos e cidadãs resolveram invadir as ruas e praças da cidade para que o seu grito de protesto fosse ouvido. Cansadas de pagar impostos e não ver o mínimo retorno, as pessoas deixaram o comodismo de suas casas e "botaram a boca no mundo". Mesmo sabendo que a repressão policial iria fatalmente acontecer, o povão ergueu a cabeça e foi em frente.
    Ainda que condenando o vandalismo e alguns excessos ocorridos durante a manifestação, creio que este episódio revela uma coisa muito importante: o povo brasileiro não é tão acomodado nem tão bobo quanto se imagina. O "brasileiro cordial", festejado ainda hoje por uma certa corrente antropológica, nem sempre é cordial com quem lhe ofende ou maltrata seus direitos fundamentais. Quem duvidar que experimente!
   Num momento como este, em que tudo parece tranquilo e o clima aparentemente é de progresso econômico e de paz social,  é bom que os políticos fiquem de olho no  termômetro que marca o grau de humor do cidadão. Não brincar com fogo, afinal, é um sábio conselho nesta hora. 

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

NOSSO TRANSPORTE DE CADA DIA

Enquanto a FAB está preocupada com as suas "sucatas voadoras", quero dizer, seus aviões de caça, cá embaixo o povão continua sofrendo com o péssimo serviço prestado pelas empresas de ônibus. E Brasília, a capital federal, não é exceção entre as cidades brasileiras cujo sistema de transporte coletivo é um verdadeiro desastre. Evidentemente que aqui mais do que em qualquer outro lugar as autoridades não estão, digamos, muito ligadas a este assunto não. Sim, porque Brasília é a terra dos carrões oficiais, os famosos "chapas-brancas". Qualquer chefinho de terceiro escalão tem direito a usufruir deste conforto. E o povo? Ora bolas, o povo que se dane! O povo que fique aí, penando nas filas dos terminais por horas e horas, espremido que nem sardinha na lata e pagando caro por um serviço cada dia mais ruim.
A verdade é que a grande maioria das nossas capitais não possui uma estrutura de transporte que ofereça à população um mínimo de conforto e segurança. O sistema integrado metrô-trem de longo alcance, uma das alternativas mais utilizadas em todo o mundo, só existe em São Paulo. No resto do país o metrô não vai muito longe e o trem, com exceção do Rio de Janeiro,  desapareceu faz muito tempo. A unica alternativa é o ônibus, que provoca engarrafamentos e poluição do ar. Mesmo assim, em muitas capitais as empresas fazem o que querem, desrespeitando o passageiro, impondo preços abusivos, etc. Por que? Porque colaboram financeiramente com os candidatos a prefeito e vereador. Depois de eleitos, é claro, vem a recompensa. 
Tudo bem, mas se  transporte é coisa básica eu fico agora  a imaginar como o Brasil vai sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas daqui a poucos anos. Com essa infraestrutura capenga? E olha que eu não estou falando do caos em que se transformaram os nossos aeroportos, das estradas esburacadas, dos portos, das hidrovias, etc. Dá para confiar que em três ou quatro anos iremos descascar esse abacaxi gigantesco? Vamos fazer nesse curto espaço de tempo o que deveríamos ter feito ao longo de décadas? Alguém já viu  por aí algum político levantar e discutir com seriedade este assunto? Sinceramente, acho  difícil, muito difícil reverter esta situação. Estou mais propenso a acreditar que o Brasil vai pagar mais um mico na arena internacional. Quem viver chorará, ou melhor, verá!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

POBRE VIÚVA

Hoje é segunda feira, dia de recomeçar a labuta! E a semana começa sob os escombros da habitual falta de vergonha de uma expressiva parte dos nossos políticos. A catástrofe que se abateu sobre a região serrana do RJ, teve uma outra versão aqui em Brasília. Uma tempestade violenta de corrupção  inundou as primeiras páginas dos grandes jornais e noticiários de rádio e TV. 
Primeiro foi a bandalheira geral na FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), feudo milionário do PMDB. Depois veio o escândalo da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) e seus exorbitantes gastos "secretos" com cartões corporativos -doce privilégio concedido pela "viúva", isto é, o erário público-. Em seguida se descobriu no Distrito Federal que o rombo deixado pela quadrilha do ex-governador Arrruda era maior do que se imaginava. Sim, mas ainda teve a avalanche de denúncias sobre as pensões vitalícias (e polpudas) concedidas aos ex-governadoers de vários estados brasileiros, inclusive os mais lascados como o Piauí. E olha que estamos mencionando apenas e tão somente as maiores pedras que rolaram ribanceira abaixo (do Planalto...) e cairam (pra variar...) na cabeça do povo brasileiro. Este, ao que tudo indica, parece já ter se acostumado a levar pedrada mesmo.
Então, meus amigos e minha amigas, relutantes leitores e leitoras deste blog tão singelo, "assim caminha a humanidade" (brasileira). Não quero incutir de maneira alguma no coração de voces qualquer sentimento de tom negativista ou pessimista, mas que a coisa tá feia, isso tá! Tenho a impressão que, embalados pela agradável cantiga do crescimento econômico, certos políticos e dirigentes resolveram "tirar uma lasquinha".... e pegaram pesado. O ataque aos cofres públicos nunca foi tão forte e tão intenso como nesses últimos anos. Vai ver que a ABIN gastou "secretamente" aqueles milhões de reais tentando descobrir quem estava roubando outro tanto de dinheiro. Um rouba de cá, outro de lá! Um assalta pela direita, outro pela esquerda (já não se faz mais esquerda como antigamente...) e ao final todo mundo mete a faca na barriga da viúva.
Acho que vou acabar fazendo o que fez Ruy Barbosa, ou seja, acendendo uma lanterna em plena luz do dia para procurar neste país um político minimamente honesto. Como eu não me julgo uma pessoa (totalmente) negativista ou pessimista, quem sabe com muita perseverança eu não chegue a encontrar o que procuro?

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

"SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO ?"

O episódio ocorrido esta semana em São Paulo, envolvendo um delegado de polícia e um cadeirante, me fez pensar nas relações de poder mal administradas, digamos assim, que existem no Brasil principalmente. O Dr. Delegado, justamente ele, que deveria zelar pelo cumprimento da lei e combater os infratores, estacionou o seu carro em local reservado a portadores de necessidades especiais. O fiscal da lei deu um péssimo exemplo. Pago por nós, os contribuintes, para cuidar da ordem, resolveu instalar a desordem no meio da rua. Então, como é que a sociedade pode confiar num sujeito como esse? 
O que está por trás desse tipo de comportamento é a prepotência que de certo modo parece estar embutida na personalidade dos brasileiros. Por aqui as pessoas que desfrutam de uma fatia de poder, por menor que seja esta fatia, "empinam o nariz" e se colocam acima da lei. No Brasil a palavra "autoridade" é vista não como uma prestação de serviço aos cidadãos e sim como um privilégio, um status social para se gozar ao máximo. Todo mundo que se julga com alguma "autoridade" quer mandar e "desmandar", não reconhecendo nada a sua frente que não seja o vulto glorioso do seu poder. E o primeiro e maior exemplo, aliás, vem de cima, vem dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). A famosa "carteirada", quando o servidor público faz uso do cargo para usufruir algum tipo de vantagem -às vezes até ilícita- não é uma ação reservada ao delegado de polícia não. Quem estiver fora dessa situação que atire a primeira pedra (ou a primeira carteira...).
Precisamos mudar com urgência esta mentalidade tacanha e "terceiromundista". A presidente, o deputado, o senador, o governador, o prefeito, o juíz, o delegado, o sargento, o cabo, o diretor, o chefe de seção, etc. etc. são sustentados pela sociedade. Então é justo esperar o retorno, ou seja, que essas pessoas exerçam o poder da maneira correta. Os agentes públicos devem enxergar no exercício do cargo um modo de servir a coletividade, de cuidar da sua segurança, do respeito aos seus direitos, do cumprimento dos seus deveres, de zelar enfim do seu bem-estar em geral. 
Termino recordando aquele que é princípio básico do regime democrático: "Todo poder emana do povo e em seu nome será exercido!". Então, meu caro doutor, como o próprio nome já diz, o senhor é delegado sim, mas quem lhe "delegou" este poder foi o povo!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

DOUTORA ZILDA

Para que os meus leitores não digam por aí que eu só comento fatos deploráveis neste blog, hoje eu quero falar de um dos projetos mais importantes e mais bonitos que o Brasil conheceu nestes últimos 100 anos pelo menos. Então, o comentário desta quinta feira não será para descer a porrada nos políticos corruptos ou nas incongruências diárias do governo, e sim para aplaudir uma iniciativa social, proveniente da sociedade civil, diga-se de passagem, e que representa o que temos de melhor neste nosso país em termos de solidariedade humana e de amor ao próximo.
 Está fazendo um ano que ela empreendeu a sua viagem de volta à casa do Pai. Morreu como viveu, trabalhando em favor da vida, de toda vida ameaçada já no seu nascedouro, no seu preâmbulo. A doutora Zilda Arns, com parcos recursos financeiros mas com enorme força de vontade, criou uma das instituições civis mais respeitadas em todo o mundo, a Pastoral da Criança. Graças a esta organização, milhares e milhares de crianças no Brasil e em vários outros países da América Latina e da África escapam da morte todos os dias. O trabalho silencioso, dedicado e competente dos agentes da PC chega até os recantos mais escondidos e mais excluídos, salvando vidas e deixando atrás de si um grande rastro de 
esperança e de alegria.
Já foi divulgado que com apenas 1/4 do que o Ministério da Saúde gasta para cuidar das crianças de 0 a 5 anos no Brasil a PC faz muito mais. Sem muita burocracia, sem esquemas de corrupção, com muito profissionalismo, transparência e objetividade, as equipes da Pastoral dão um verdadeiro "banho de competência" nas organizações governamentais que atuam na mesma área. 
Ela se foi, mas deixou aqui na terra um legado que ficará por muito, muito tempo. Doutora Zilda não apenas ressuscitou a esperança de vida (de milhares de vidas), mas ela mesma tornou-se para todos os brasileiros um sinal de esperança, Sim, apesar dos pesares, ainda temos condições de vislumbrar dias melhores para o nosso povo. Sim, ainda existem brasileiros e brasileiras com despreendimento e disposição para trabalhar pelo bem da coletividade. Sim, ainda podemos crer no amanhã. 
Sim, nem tudo está perdido!
De olhos voltados para o céu, rezamos hoje humildemente,
Doutora Zilda Arns, amiga de Deus, nos braços do Pai, rogai por nós!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O BRASILEIRO NÃO É IDIOTA

O governo do PT=PMDB acha que todo brasileiro é idiota. Aliás, os governos de um modo geral pensam do mesmo modo. Mas graças a Deus a farsa montada pelos senhores Ministros Mercadante e Coelho acabou sendo desfeita pela consultora da ONU para desastres naturais. A notícia circulou ontem, terça feira, na grande imprensa. Na verdade, o Brasil já havia assinado um compromisso internacional, juntamente com mais de 100 países, no sentido de efetivar projetos de prevenção nesta área. Mas infelizmente parece que o nosso "Grande Irmão", Lula da Silva não deu lá muita importância para isto não. E agora, quando "a  vaca foi pro brejo" e "o leite foi derramado", eis que surgem nos gabinetes oficiais, como num passe de mágica, "soluções" espetaculares para demonstrar o quanto estão preocupados os mandatários de plantão. 
Ao ressuscitar às pressas um projeto que já deveria estar sendo implementado desde o início do segundo mandado de Lula, o governo tão somente carimba o atestado da sua incompetência, pra não dizer da sua falta de responsabilidade. Ao deixar de lado os compromissos e engavetar os tratados internacionais, o ex-Presidente colocou em risco a vida de milhares de pessoas. Quem responderá agora pela morte de uma expressiva parte desta população? 
Muitíssimo mais importante do que preparar o Brasil para sediar a Copa do Mundo em 2014 é cuidar do seu povo, especialmente o povo mais empobrecido, que por não ter aonde morar se arrisca a viver pendurado em cima dos morros. Cabe ao governo cumprir esta missão, pois fomos nós que o colocamos no poder e o sustentamos com o  suor de cada dia. Se ele não consegue, não  tem competência, responsabilidade ou sei lá o que pra fazer o seu dever de casa, então o que faremos? Trocar os governantes nas próximas eleições? Exigir "na marra" que os governantes atuais cumpram o seu dever? "Deixar como está pra ver como é que fica"...?Cabe ao cidadão levantar a voz e protestar. O nosso silêncio e a nossa omissão também contribuem para enterrar sonhos, projetos, esperanças e pessoas também!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

OS CARAS DE PAU

Existe um ditado meio pessimista que afirma que "ninguém dá ponto sem nó". Quando se trata de político muito menos, acrescento eu. A rebelião do PMDB, ocorrida logo no início do mandato de Dona Dilma, evidencia isto com todas letras (e números também). O líder do partido declarou que  o reajuste proposto pelo governo para o salário mínimo era pouco, e ameaçou barrar o projeto e atrapalhar os planos oficiais do Palácio do Planalto para a economia em 2011. 
Acontece que a briga, na verdade, não era pelo direito do trabalhador ou pela melhoria das condições de vida da "peãozada" e sim pela manutenção de uma fatia expressiva do poder. Suas excelências não estão (nunca estiveram) preocupados com a classe trabalhadora, a não ser na medida em que esta lhes traga algum retorno eleitoral (=financeiro) concreto. 
O "toma lá dá cá" é a expressão mais verdadeira da política partidária nacional. E isto se aplica não apenas ao PMDB, diga-se a bem da verdade.
No começo desta semana a imprensa publicou o "rombo" que o Tribunal de Contas da União, a Controladoria Geral da União e outros orgãos federais  detectaram na FUNASA, a Fundação Nacional de Saúde. Nada menos do que 500 milhões de reais foram "surupiados" nos últimos cinco anos. Quem estava no comando? Afilhados dos grandes caciques do PMDB. Faz sentido crer que essa "bolada" de dinheiro não foi parar somente nas mãos dos afilhados. Assim se explica porque foi que o partido do Sr. José Sarney  botou o pé na porta do  gabinete presidencial e exigiu que a FUNASA, verdadeira "galinha dos ovos de ouro", continuasse sob o seu controle. Para que terminar um "negócio" que estava dando tão certo?
Convoco então os meus leitores a participar de uma mega campanha que pretendo começar nos próximos dias. Vamos enviar caixas e mais caixas de óleo de peroba para os gabinetes do Congresso Nacional. Reservaremos mais algumas para os ministérios (não podemos discriminar ninguém nesta campanha, afinal). 
Desconfio que teremos que contratar dezenas de carretas para levar a mercadoria porque a quantidade de "caras de pau", convenhamos, é muito, muito grande.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A CULPA É DA VÍTIMA

Uma nova semana começa mas o assunto em destaque ainda é a castástrofe do Rio de Janeiro. E não poderia ser diferente, uma vez que se trata da maior tragédia ocorrida em terras brasileiras. Os mortos já passam de 600! Ninguém pode imaginar o que significa perder de repente pai, mãe, filhos, marido, mulher... Isto sem falar dos bens materiais que se foram com a enxurrada. 
A dor é imensa e somente o tempo, bastante tempo, poderá cicatrizar feridas tão grandes.
Mas o que eu queria ressaltar aqui é a incapacidade dos nossos governantes -todos, os do presente e os do passado- de se auto-avaliar,digamos assim. Seja qual for a situação, o governo nunca assume a sua própria responsabilidade. Todo mundo é inocente, ou "se faz" de inocente, mesmo depois de comprovada a sua responsabilidade. A culpa é jogada sempre para os outros, e não raras vezes para as vítimas. Quando não acontece isto, as autoridades "empurram com a barriga" a apuração dos casos através de infindáveis e obscuros processos administrativos que não dão em absolutamente nada. "E tudo continua com antes no quartel de Abrantes...!" O tempo passa, a mídia "esquece" (ou faz de conta que esqueceu") e nós seguimos andando, deixando para trás os cadáveres. Este é um país de memória curta, curtíssima! Bom para os governantes, péssimo para o cidadão.
Termino fazendo algumas indagações: por que o Ministério Público não questiona esse estado de coisa? Não estaria mais do que na hora de pressionar (e processar) os senhores governadores e prefeitos (talvez a Presidente e seus ministros) que não dão a mínima importância a segurança da população? Ainda que a nossa Justiça seja lenta, ineficaz em muitos casos, etc. não podemos desistir de bater à sua porta.  Pelo amor de Deus, ficar como está não pode!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A CHUVA E O LIXO

Já são quase 500 os mortos por causa das enchentes e deslizamentos de terra no RJ. A mídia está dizendo hoje que esta é a maior tragédia já ocorrida no BR. Penso que só quem perdeu parentes e amigos é capaz de avaliar o que isto significa realmente. 
As águas passam, mas a dor e a saudade permanecem por um bom tempo!
Mas como em toda crise ou tragédia, é preciso que depois se faça uma espécie de "rescaldo" ou uma vistoria detalhada nos escombros do que sobrou afinal. Isso vale também, creio eu, para as crises e tragédias humanas, afetivas...  Em suma, temos que tirar as lições de tudo o que acontece, inclusive das coisas negativas, porque nada há de tão negativo que não tenha algo a nos ensinar. Como alguém que procura atentamente alguma coisa aproveitável em meio aos entulhos depois do desastre, precisamos "garimpar" elementos positivos/construtivos após os nossos desastres pessoais também (!).
E daí? Daí que essas "tragédias pluviométricas" (ops! corra pro Aurélio)) são causadas em boa parte pelo lixo que as pessoas costumam "inocentemente" jogar nos rios, nos lagos, nas represas, nos bueiros, nos esgotos e no meio da rua. Aqui falamos da tradicional falta de educação do povo brasileiro em geral. Faz um tempão que estou a procura de algum estudioso da matéria que possa me dar uma explicação minimamente convincente. Por que somos desse jeito? Não basta aplaudir o discurso dos economistas que dizem que o BR será em breve uma das cinco maiores potências mundiais. O progresso econômico não tem sentido sem o progresso humano e social. Uma coisa, aliás, deveria ser consequência da outra. 
Estamos muito preocupados em salvar a floresta amazônica. Tudo bem, tá certo! Porém, que tal começarmos fazendo o "dever de casa", isto é, salvando o bairro, a comunidade, a cidade aonde vivemos? Que  tal se na escola, desde os primeiros anos, o brasileiro aprendesse a lavar as mãos antes das refeições, a dar descarga após usar o banheiro, a não jogar lixo na rua (muito menos nos bueiros e nas águas em geral) ?. Que tal aprendermos a sermos pessoas menos egoístas e mais cordiais, inclusive com a natureza? Sim, porque toda agressão contra ela tem um preço, e um preço caro muitas vezes! Ligue a TV e veja com seus próprios olhos.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

CHOVE CHUVA

O dia amanheceu triste aqui em Brasilia porque o tempo fechou. E eu não me refiro somente a briga do PMDB com o PT em busca de maiores fatias de poder  não. Falo do clima mesmo. Céu cor de chumbo, vento forte e um pouco de frio também. Para complicar ainda mais as coisas -segundo a velha teoria de que "nada existe de tão ruim que não possa ser piorado um pouco mais"- temos o "horário de verão", que nos obriga a acordar antes das galinhas mais madrugadoras. Paciência!
As chuvas na região serrana do Rio são o principal assunto dos jornais hoje em todo o Brasil. Quase 300 pessoas já morreram soterradas ou afogadas mesmo. A situação é caótica e revela o que todos os brasileiros já estão  carecas de saber: não existem projetos de prevenção contra estas catástrofes. Então, todos os anos a gente assiste o mesmo filme na TV e lê as mesmas manchetes nos jornais. Ano passado, por exemplo, em Angra dos Reis, mais de uma centena de moradores e turistas perderam a vida por causa dos deslizamentos de terra. O governo prometeu ajuda financeira para construir um sistema de proteção das encostas. Resultado, até agora, um ano depois, menos da metade desse dinheiro chegou e as obras prosseguem a passos de cágado. A "burrocracia" é o que mais atrapalha. Parece que a grana só costuma chegar rápido quando o seu destino é o bolso de certos políticos!...
Podem me chamar de maluco, pessimista, maquiavélico e coisa e tal, mas eu tenho a impressão de que para certos governantes esses desastres são um prato cheio. Hoje mesmo a nossa Presidente Dilma vai pegar um helicóptero e vai sobrevoar as regiões atingidas. Logo após essa "inspeção", certamente ela, o Sr. Governador, os senhores prefeitos, deputados, vereadores, etc. pousarão para as lentes dos fotógrafos e cinegrafistas. Prometerão mundos e fundos! Todo mundo vai fazer cara de tristeza. Alguém até derramará uma lágrima (de crocodilo...) pelos mortos e desaparecidos. Depois disso, quem vai "desaparecer" serão eles (e elas), os políticos. Aguardem para 2012 um novo capítulo dessa mesma (e triste) novela. 
Fala sério, isto é ou não é uma palhaçada?

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O BIG BROTHER

Meus amigos e minhas amigas, insistentes (e raros) leitores deste blog um tanto quanto esculhambado, O BBB 11 já começou. A Globo mais uma vez de olho naquela turma de abestados em busca da fama (sub-fama, melhor dizendo), embora o seu verdadeiro interesse esteja nas cifras ($$$) milionárias que o programa arrecada a cada edição. Diga-se de passagem que este dinheiro sai do bolso de milhares de cidadãs e cidadãos brasileiros, a meu ver tão abestados quanto os confinados na casa. Enfim, na minha modesta opinião é tudo a mesma porcaria, quem produz, quem participa e quem assiste também.
Na verdade aqui fora, nas ruas desse Brasil varonil (ou mulheril, quem sabe), vivemos também um grande BB. Trata-se de um mega show produzido por milhões de celulares que circulam de orelha em orelha, 24 horas por dia, em todos os rincões da nossa pátria amada salve salve!. O sujeito viaja de ônibus -velho e apertado como sempre- e de repente aparece uma mulher berrando ao celular, xingando o marido, amaldiçoando sei lá quem. O outro energúmeno (Cf. Aurélio) grita feito um desesperado, discutindo com um colega de trabalho aonde vão tomar uma "gelada" no  final do expediente. Uma morena com os peitos de fora briga com o namorado e manda ele pastar (!). E por aí temos "ao vivo" armações de barracos os mais diversos. Todo mundo fica sabendo da vida de todo mundo. 
Então, gentes boas, nada de secreto existe mais. O "privado" (e em certos casos até a privada) tornou-se público. Aquela coisa da "conversa ao pé do ouvido" tende a desaparecer. Ao pé do ouvido só o celular! E o que se diz todo mundo ouve.  Assim, o celular "democratizou" de vez as esquisitices, os traumas, as intimidades amorosas e sexuais, os sentimentos mesquinhos que cada um de nós possuimos, as porcarias que antes guardávamos a sete chaves, ou no máximo dividíamos com poucas pessoas ao nosso redor, etc. Definitivamente, tudo indica que todos (ou quase todos) estão perdendo a vergonha e boa parte deseja mesmo é se exibir (que nem no BBB).
Tudo isso me dá saudade dos velhos tempos, tempos em que minha vida particular só interessava a mim mesmo e mais ninguém!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

RONALDINHO GAUCHO

Gosto de futebol mas não torço nem pelo Palmeiras, nem pelo Corintians, nem pelo Flamengo, muito menos pelo Grêmio de Porto Alegre. Sou Esporte Clube Bahia desde criança! Os times "anteriormente citados" (ops!) se engalfinharam (Cf. Aurélio) ao longo das últimas semanas pra ver quem conseguia contratar o famoso astro do futebol. Segundo consta, o dito cujo não está jogando, digamos assim, um grande futebol. Assim não fosse,  os italianos não o teriam liberado com essa relativa facilidade. Ou alguém acha que a italianada é burra? Penso que não. O esporte, principalmente o futebol, é tratado com extremo profissionalismo na Europa. Lá ninguém dá prego sem estopa!
Embora a imprensa esportiva brasileira com o seu amadorismo costumeiro tenha feito vistas grossas, a volta de Ronaldinho Gaucho é mais um produto "refugado", ou seja, um resto de liquidação que sobrou nas prateleiras do milionário mundo futebolístico europeu. Como diz o velho ditado, o jogador "já deu o que tinha que dar", é justo que agora ele retorne às suas origens. Com muita sorte talvez o Flamengo, que acaba de fechar contrato com o dentuço, ainda aproveite qualquer coisa e não saia totalmente no "preju", o que eu acho mais provável. Bom desempenho ele tem mesmo é nas baladas noite a dentro!
O Brasil possui vocação para receber refugo (roupas usadas, carros, pneus, etc.). O famoso "jeitinho brasileiro", quer dizer, o gosto insaciável de querer sempre "levar vantagem em tudo", também comporta essa coisa de aproveitar liquidações, precinhos camaradas, descontão, etc. A gente não se importa muito com a qualidade das coisas (e às vezes até mesmo das pessoas que nos cercam). Prova cabal (Cf. novamente no Aurélio) disso é a "nata" de políticos que acabamos de eleger. Ou será que eu estou totalmente errado?

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A DUREZA DA VIDA

Segunda feira. Atravesso a pé e com os olhos atentos a estação rodoviária do Plano Piloto, no centro de Brasilia, como aliás faço de segunda a sexta, no começo da manhã e no final da tarde.Vejo pessoas, homens e mulheres de rostos concentrados, pele marcada pelo tempo, corpos já machucados pelo desgaste da labuta diária. Tem gente descendo e subindo dos ônibus super-lotados, passos apressados porque precisam chegar cedo ao trabalho. Muitos levam sua marmita, sua "quentinha" nada quente. 
Fico feliz em poder estar de certo modo assim "misturado" com esta "gentinha", a plebe que rala de sol a sol e que sustenta essa zorra de  país. Ao mesmo tempo fico olhando meio triste (e puto de raiva) pro outro lado, pra outra ponta onde está a famosa Praça dos Três Poderes. Ali estão reunidos os políticos que esta "gentinha" elegeu. São os engravatados sem-vergonhas que trabalham quando querem (e geralmente querem muito pouco trabalhar). É a corja que mete a mão no dinheiro público sem dó e sem piedade. São eles que ditam as regras e se sentem donos de nós e de tudo.
Mais uma semana começa para o povo trabalhador, para a peãozada sofredora, o time dos 540... Enquanto isso Lula, nosso amado rei e senhor, descansa às nossas custas na praia do Guarujá, em São Paulo. Cumpriu sua missão, amenizou a fome de milhões de brasileiros, ganhou a eleição, ficou ainda mais famoso, um líder mundial, o Brasil finalmente é uma "potência". Vamos reclamar de que? Por que? Pra que? Calma ! Está tudo bem. Ao menos do lado oposto a rodoviária do Plano Piloto, no centro de Brasilia.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

TATUAGEM

A beleza da mulher do Vice-Presidente, Michel Temer, foi um dos destaques da imprensa nacional nos últimos dias. Muito discreta e recatada (como convém, aliás, a mulheres de políticos), a bela dama somente agora deu o ar da sua graça. E a galera ficou entusiasmada! Em alguns dos "respeitáveis" senhores, ou na maioria talvez, pontilhou uma certa inveja do Dr. Michel. Ele, 70, ela 27. Onde já se viu? Mas parece que o vice, titular absoluto do coração da moça, não deu a menor boa e desfilou impávido pelas altas rodas da sociedade no dia da posse. Como dizia minha vó, "quem pode pode meu filho!".
Mas o que chamou  mais a atenção foi uma certa tatuagem com o nome do maridão gravado no pescocinho da bendita, tatuagem que ela fez questão de mostrar para todo mundo, diga-se de passagem. 
Pensando nisso fiquei a imaginar (e a matutar) na letra da bonita canção do repertório de Zé Ramalho "Eh, eh, eh vida gado, povo marcado, povo feliz!". Passaram pela minha cabeça inumeráveis rebanhos de gado por esse interiorzão do Brasil, todos com a marca do seu dono, ordeiros e felizes. 
Pôxa! Será que gente, sim, gente que tem cabeça,tronco, membros e coração, também tem dono? Podemos botar então em nosso corpo a "marca" de algum dono, como se gado fôssemos?
É certo - e é triste- que o capitalismo no seu extremo gozo acabou "mercantilizando" tudo e todos. Meu Deus, viramos mercadorias expostas no grande mercado que é o mundo atual !. As mulheres principalmente. O que são de certo modo as "modelos" senão carnes expostas à venda nas passarelas do mundo globalizado?. Existem "propriedades" e "proprietários" de tudo. E qualquer aspecto da vida sobre a terra pode ser "comercializado", como se nada, absolutamente nada, escapasse do poder de compra e venda. A vida, nossa vida, virou por fim uma "transação". Só isso!
Termino recordando  uma outra linda canção da MPB, esta muito mais antiga e cujo autor agora não me recordo:
"ninguém é de ninguém, na vida tudo passa!"
Com toda razão.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

BAIANADA !

Pois é! Isso tá parecendo "coisa de baiano" mesmo!. Me explico: o sujeito monta um BLOG, começa a escrever e logo depois, sem motivação aparente (nem existente...) larga tudo e se escafede pelo mundo sem dar nenhuma satisfação aos leitores. Ainda bem que parecem que são poucos até agora (!).
Na verdade andei viajando por regiões "inóspitas" (veja o que significa no Aurélio) , ou seja, pelo interior da Amazônia. E lá meus amigos e amigas, "o bicho tá pegando". Falta de um tudo: energia, transporte, água encanada, escolas, etc. Internet nem se fala!  E o celular, mania (e quase doença) nacional  também não fala e tem suas dificuldades por aquelas bandas. Acho que falta sobretudo vergonha na cara dos senhores prefeitos e políticos em geral. 
O Estado do Pará, aonde fui parar neste tempo de natal e ano novo, passa por momentos extremamente difíceis. A governadora petista Ana Julia tomou uma surra violenta nestas últimas eleições e perdeu feio para Simão Jatene (PSDB). Dizem que a primeira coisa que ela fez quando ganhou as eleições foi contratar a peso de ouro sua manicure e sua cabelereira. "Vaidade das vaidades", como fala a Sagrada Escritura. Aliás, essa coisa de vaidade tem tudo a ver com o poder (e o PT naturalmente). Nunca se gastou tanto dinheiro com propaganda governamental neste país. Meu Deus do céu! O Senhor é bom, e livrou o Pará dessa famigerada Ana Julia, resumo da incompetência e da burrice. Resultado da farra petista em terras paraenses: o rombo das finanças do estado é da ordem de 500 milhões de reais. E não me digam que estou de volta com a minha guerra particular contra o PT não. "A Cesar o que é de Cesar".  Se a verdade dói, não posso fazer nada. Paciencia!
Bem, agora, de volta a Capital Federal, vamos tentar retornar aos nossos comentários, azedos como sempre.  Quem for fraco que se quebre !