Ontem eu escrevia sobre as nossas gloriosas (mas não muito...) "Forças (Des)Armadas". Sem querer ser repetitivo, e muito menos enjoativo, devo dizer que hoje o assunto guarda um certo parentesco com o referido comentário. Ora, meus senhores e minhas senhoras, ilustres pagadores e pagadoras de impostos, o Governo Federal resolveu adiar a implantação do chamado "Plano Estratégico de Fronteira". O plano, que previa melhorar o trabalho e a estrutura em postos de fronteira, alguns em áreas inóspitas (ops!), sofreu cortes orçamentários. O mesmo aconteceu com o projeto de vigilância da Amazônia, que recebeu só um décimo do valor pedido pelo Exército (!). Eu disse um décimo! Durma-se com um barulho desses!...
Agora, o que eu não entendo é porque os nossos excelentíssimos governantes falam tanto em combater a violência nas grandes cidades, o crime organizado, etc, se é justamente pelas fronteiras que entram armas, munições e drogas. Então para que tanta propaganda e discursos exaltados, por exemplo, para implantar as UPP's (Unidades de Polícia Pacificadora) no Rio de Janeiro se todo mundo sabe que o tráfico de drogas não vai parar enquanto o País não puder controlar a ação de bandidos nas fronteiras?
Essa história toda me faz lembrar uma amiga minha que insistia em varrer o lixo da sala esquecendo-se de fechar as janelas por onde entrava a poeira. Pelo amor de Deus, paciência, mas burrice tem limite!! Fechemos as janelas, e o lixo pouco a pouco irá diminuindo.
E também não vamos agora fazer coro a esse discurso hipócrita do Governo que diz que "a conjuntura econômica mundial não é favorável". Bem, se isto for verdade mesmo, então que Dona Dilma faça logo uma reforma administrativa, extinga ministérios, secretarias e departamentos inúteis, diga não ao aumento salarial dos membros do Judiciário, acabe de vez com milhares de cargos "comissionados", verdadeiros sangue-sugas do dinheiro público, e combata ferozmente todo tipo de corrupção no seu Governo.
Presidenta, tenha coragem e aplique o dinheiro economizado (que não deverá ser pouco...) aonde o Brasil realmente precisa!
O problema talvez não seja falta de dinheiro, mas sim o que se está fazendo com ele!
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