segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A DOENÇA DO LULA

Enquanto isso, aqui em Brasília, a semana começa e não começa. A segunda feira tem cara de sexta! O feriado de amanhã expulsou muita gente das "cidades" brasilienses. Deputado, senador, funcionários do primeiro e segundo escalões por aqui não vão botar os seus lindos pés nem hoje , nem manhã. E com certeza para uma boa parte a semana inteira vai ser de folga. O "erário público" (ops!) é quem banca essa mordomia. Só vai ficar mesmo a peãozada, a ralé que rala o dia todo e todo dia, de sol a sol e de chuva em  chuva, amassada no interior das sucatas ambulantes que lhes serve de transporte. 
Mas eu amanheço com a manchete da "Folha de São Paulo" na cabeça: "Paciente do SUS espera 100 dias por radioterapia". Por favor, não me venham dizer que eu estou difamando o ex-Presidente LULA ou menosprezando o seu sofrimento numa hora tão difícil. Não é nada disso não. Ele, como qualquer cidadão ou cidadã deste país, merece respeito, seja na saúde, seja na doença. Ninguém tem o direito de humilhar ninguém. Muito menos de desdenhar das dores alheias. Entretanto, isso não nos tira o direito de observar a realidade que nos cerca, e esta é muito dura. A saúde deixou de ser um direito de todos e passou a ser um privilégio de poucos no Brasil. Quem já experimentou a assistência médico-hospitalar do SUS sabe bem o que eu estou falando aqui. É terrível!
Seria muito bom se a doença do LULA abrisse os olhos dos nossos governantes no sentido de consertar o nosso sistema de saúde. Quem sabe ele mesmo pudesse encampar essa luta por uma saúde melhor para o povo brasileiro, este povo sofrido que o elegeu por duas vezes e o aclamou como um quase herói. Que tal se ao invés de ficar articulando candidaturas para 2012 e 2014 LULA se tornasse um líder nacional em defesa da qualidade do SUS?.  Que maravilha seria, então,  se após a sua própria recuperação ele começasse uma luta para que todos os brasileiros e brasileiras tivessem acesso ao tratamento do câncer  com menos de 100 dias!
Ah minha gente, talvez eu até voltasse a carregar uma estrela vermelha no peito ! 

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