Uma nova semana começa e os problemas, as dores de cabeça de Dona Dilma continuam. Até quando, meu Deus, irá este sofrimento atroz (osp!)? De qualquer maneira, o que se comenta aqui em Brasília é que esta semana será definitiva para o caso Palocci. Vamos ver.
Mas eu queria iniciar este comentário de segunda feira manifestando a minha indignação com relação ao encontro de dirigentes petistas que aconteceu em Salvador faz poucos dias. Ao som do axé os caciques petistas desceram a ripa na imprensa, acusando-a de fazer oposição e até mesmo de ser o maior partido oposicionista que existe hoje no Brasil.
O caso merece uma análise especial. Primeiramente não é desconhecido por ninguém que o PT sempre foi um verdadeiro "balaio de gato", um partido com mil facções. Traições, facadas pelas costas, "puxadas de tapete", perseguições, etc sempre fizeram parte da sua história. Os "companheiros" e "companheiras" já estão acostumados com isso. Oposição sempre foi uma palavra maldita. É claro que as coisas pioraram e até extrapolaram e fugiram ao controle depois que o partido chegou ao poder. Vive-se hoje o "salve-se quem puder". Por outro lado, ninguém é tão bobo a ponto de pensar que a postura do PT no seu relacionamento com a imprensa fosse outra. As práticas ditadoriais que sempre existiram no partido, embora disfarçadas com as vestes da "democracia participativa", foram transferidas aqui pra fora. Então a imprensa que não esteja a serviço do governo de fato não interessa.
Fico muito preocupado com tudo isso, embora não totalmente surpreso, uma vez que conheço o PT desde 1984, quando comecei a participar da vida política como entusiasmado militante. Quando os políticos e governantes começam a jogar a culpa na imprensa, é porque a situação não é boa. Tentar destruir ou limitar a liberdade da imprensa de um jeito ou de outro é uma atitude suicida. Isso a história do Brasil e do mundo já mostrou inúmeras vezes. Não, não é por aí senhores! O povo brasileiro não vai aceitar. E viva a imprensa livre, sem a qual estaríamos hoje em situação bem pior do que de fato estamos.
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