A famosa "Parada Gay", que em alguns lugares do Brasil recebe o nome de "Parada da Diversidade", vai levar para as ruas este ano um versículo do Evangelho: "Amai-vos uns aos outros". Este é o mandamento fundamental de Jesus Cristo, a razão propriamente dita do seu projeto de vida e a base de todos os seus ensinamentos. Tudo se resume em amar e fora do amor nada tem sentido.
Ora, em princípio não vejo nada de escandaloso que o movimento homossexual, ou LGBTS, lésbicas, gays, bissexuais,... e por aí se segue, utilize a frase em seu próprio favor. Também estas pessoas merecem e precisam ser amadas. Ou melhor, todas as pessoas, independente do seu credo religioso, opção política ou preferência sexual, possuem este direito. Ninguém vive sem amor e a ninguém devemos negar o amor. A discriminação e o preconceito ferem de morte este direito essencial da pessoa humana, o direito ao amor, amar e ser amada. Então, qualquer atitude que represente uma negação deste direito deve ser severamente combatida.
Entretanto, amar nem sempre significa concordar, aplaudir, incentivar. Muitas vezes, por força mesma do amor que sentimos por alguém, somos levados a discordar ou a manifetar opinião diversa, que poderá, quem sabe, desagradar ao ser amado. O amor às veze exige dizer não.
Amemos, então, os gays e todas as pessoas que não possuem os mesmos gostos ou preferencias que nós temos. Porém, não deixemos de dar a nossa opinião sincera, de discordar e de adotar outras posições. Amar é ser verdadeiro! Sim, eu posso amar e devo amar todo mundo, embora não esteja obrigado a baixar a cabeça para tudo e para todos. O amor exige diálogo, respeito a liberdade de expressão. Lembremo-nos, afinal, do próprio comportamento de Jesus, que não discriminou absolutamente ninguém, mas que foi duro quando precisou ser duro, e falou a verdade quando se fez necessário.
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