E lá se foi Dona Dilma beijar a mão do Presidente dos Estados Unidos, o Sr. Obama. De fato, esta viagem é um verdadeiro "oba-oba" ou, se preferirem, um "obama-obama" pois pouca coisa ou quase nada resolve de concreto. Aliás, este é o comentário mais frequente que se ouve na grande mídia. Os assuntos, os temas mais relevantes ficaram de fora da agenda.
Trata-se de mais uma visita de cortesia, se bem que com os americanos do norte não se pode falar em cortesia propriamente, uma vez que eles (e elas) "não dão ponto sem nó". As novas normas com relação a entrada de brasileiros nos EEUU, publicadas recentemente por exemplo, não tem nada de cortesia ou de pura "consideração": a questão é a grana, a dinheirama que os nossos conterrâneos costumam derramar nas cidades americanas, sobretudo Nova York e Miami em suas viagens de turismo. Os brasileiros são conhecidos e muito desejados, disputados até. Então, facilitar a entrada de dinheiro (e dinheiro não especulativo, acrescente-se aqui) é sempre muito salutar para qualquer economia, especialmente quando esta economia ainda está tentando sair de uma grave crise. Pra quem está se afogando, qualquer pedaço de pau é tábua de salvação...!
Acho engraçada essa coisa de visita de chefe de estado. Muita pompa, muito tapete vermelho, comitivas cheias de puxa-sacos, muito "rapa-pé" (ops!), e quando a gente vai ver o que sobra... sobra um ou outro tratado bilateral de menor importância, que poderia muito bem ser assinado aqui mesmo, sem nenhuma propaganda ostensiva. Com todos os nossos presidentes foi assim, aliás. Dona Dilma não foi a primeira nem será a última. Vale pelo passeio, pelas fotos em destaque nos grandes jornais e nas TV' s... Mas o pais não avança. Os grandes continuam grandes, muitas vezes às custas dos pequenos. O capitalismo selvagem não tem pena de ninguém, não se deixa seduzir por visitas "de cortesia" nem se emociona com belos discursos.
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