Estive em São Luis do Maranhão, uma terra por demais querida. Morei na "Ilha do amor" entre 1994 e 1997, na Praça Gonçalves Dias, olhando o mar que ora enche, ora esvazia deixando um imenso rastro de lama. Um lugar lindo mas pouco conhecido dos brasileiros em geral. Aliás, em geral, no dia a dia, a grande imprensa não tem olhos para o norte e o nordeste. Parece que tudo começa e termina no Rio, São Paulo Porto Alegre, e olhe lá se ainda sobra um tempinho para Salvador, Fortaleza, Recife... É como se o Brasil não fosse assim tão grande -"gigante pela própria natureza"- nem tão rico em diversidade cultural.
Pois bem, São Luis, como tantas outras cidades históricas desse país, está abandonada. Os casarões coloniais desabam um após o outro. O lixo toma conta das ruas estreitas e a degradação é ampla, geral e irrestrita...! A gente olha e tenta resgatar a beleza imensa que existe no conjunto arquitetônico da cidade, mas infelizmente pouca coisa encontra. É triste, muito triste mesmo! Trata-se de uma riqueza, um tesouro fantástico que os nossos governos, na sua incompetência costumeira, aliás, estão destruindo.
E como se tudo isso não bastasse, os preços estão lá nas alturas. Fica difícil fazer turismo no Brasil desse jeito. Os restaurantes cobram preços absurdos, mas em compensação o atendimento é péssimo. Falta um minimo de profissionalismo ao nosso turismo interno. E isso acontece de modo mais grave fora do eixo Rio -SP, mas pode ser visto também em todas as grandes capitais. Por coincidência, ontem, domingo, um programa de TV mostrou uma pesquisa feita em cinco metrópoles internacionais. A capital paulista ficou entre as mais caras do mundo! E depois os empresários reclamam e o governo faz concessões... Para quê, afinal?
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