Uma das questões, ou a principal delas, talvez, que está sendo levantada pela Bienal é o fato de queUma das questões, ou a principal delas, talvez, que está sendo levantada pela Bienal é o fato de que no Brasil lê-se pouco, muito pouco mesmo. Os índices de leitura da nossa população são extremamente baixos, até mesmo irrelevantes quando comparados aos países desenvolvidos, e até mesmo os chamados "países em desenvolvimento", segundo o jargão dos economistas. Estamos atrás de muitas nações menores e mais pobres do que nós! Isso não deixa de ser vergonhoso.
Mas agora eu pergunto:
Mas agora eu pergunto: como incentivar a leitura se a gente entra numa livraria e se depara com um livrinho que custa 30, 40, 50 reais? Quem se arrisca a meter a mão no bolso para comprar um livro por esse preço? De certa forma, então, o livro no Brasil virou artigo de luxo, um privilégio para pouca gente. O cidadão comum, o assalariado, não tem condições de adquirir esse produto. Além do mais, vale lembrar que talvez este cidadão nem sequer sinta vontade de entrar numa livraria. Primeiro porque temos poucas lojas de livros, e essas poucas se concentram nas grandes cidades. Bibliotecas públicas? Nem pensar! Governo nenhum se interessa por elas. Não dão votos!... Depois disso, o nosso sistema educacional publico, decididamente caduco e esclerosado, não incentiva a leitura desde a infância, e quem não aprende a gostar de ler quando criança, como é que vai gostar quando chegar a fase adulta?Precisamos de políticas públicas que articulem a parte econômica com a educação, ou seja, menos impostos, mais incentivo a produção de livros a baixo custo, e ao mesmo tempo novos modelos de educação que estimulem o hábito da leitura de todas as formas possíveis.Um país que não lê, não se entende, não conhece nada nem ninguém, não se encontra consigo mesmo, não caminha para frente, não vive, vegeta!
Nenhum comentário:
Postar um comentário