Sexta feira, dia das "amenidades" por aqui. Hoje eu queria falar sobre São Luis do Maranhão, a "ilha do amor" como costuma chamar o povo que vive (e dança) naquela cidade. Nos anos 90 eu tive a felicidade de morar em São Luis e também de me apaixonar perdidamente por suas praias, seus casarões coloniais, e especialmente pelo seu povo alegre e festeiro.
As festas juninas em São Luis não contemplam apenas Santo Antonio, São João e São Pedro, como ocorre em todo o nordeste brasileiro. Além desses três, que são, sem dúvida, os mais famosos e os de maior ibope, no Maranhão introduziram um certo São Marçal, cuja origem desconheço totalmente, diga-se a bem da verdade. O intruso é festejado no encerramento do ciclo junino, dia 30 de junho, embora a festança, a comilança e a bebelança de fato não se acabem naquela data, pois se prolongam pelo mês de julho, Deus sabe até quando!
Nos "arraiás" espalhados pela cidade podemos assistir uma variedade enorme de "Bois". Assistir em termos, porque ninguém resiste ao som das matracas, pandeirões, zabumbas e orquestras que atravessam as noites e madrugadas tocando para o povo dançar. O colorido das fantasias, os corpos suados de índias e índios rodopiando nos terreiros é um grande espetáculo. Somente quem já teve o privilégio de visitar e, melhor ainda, de viver no Maranhão nessa época do ano pode reconhecer o valor dessas tradições folclóricas. Trata-se de um verdadeiro tesouro escondido mas que o Brasil precisa descobrir.
Não tenho procuração para defender a cultura maranhense, mas acho engraçado como a TV Globo e outras grandes redes fazem propaganda do "Boi de Parintins" e se esquecem de que em São Luis hoje em dia o espetáculo é tão grande quanto aquele. Já vai longe tempo do amadorismo. Na virada de 90 para 2000 a maioria dos grupos folclóricos do Maranhão se profissionalizaram e passaram a frequentar grandes festivais internacionais mundo a fora. Com certeza a festa de São Luis é um dos maiores espetáculos do folclore brasileiro. É preciso apenas divulgar isso para o resto do país e chamar os turistas para comprovarem o fato. Comprovarem e provarem o gosto das comidas maravilhosas que existem na culinária maranhense também.
Viva o Boi do Maranhão! Viva os cantadores e todos os brincantes!
Saudades da minha ilha querida!
PS.- Artigo dedicado a minha amiga Dona Maria Izabel Lobato, matriarca do Boi de Morros, pela qual tenho grande admiração!
PS.- Artigo dedicado a minha amiga Dona Maria Izabel Lobato, matriarca do Boi de Morros, pela qual tenho grande admiração!
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