segunda-feira, 25 de julho de 2011

A CARA DURA DO MINISTRO

Estamos de volta, e com todo gás! A língua? Afiada como sempre.
A semana começa ainda sob o impacto da "faxina" que Dona Dilma promete realizar no Ministério dos Transportes, leia-se, DNIT e VALEC, aonde corre, de fato, o dinheiro das estradas e ferrovias, alvo principal da ganância do PR (Partido da Rapinagem). Mas o que me chamou a atenção realmente foi a notícia de que o Excelentíssimo Sr. Ministro do STF, Supremo Tribunal Federal, José Antonio Dias Toffoli, faltou a quatro sessões deste egrégio( ops!) tribunal para ir a um casamento chiquérrimo (ops!) na Itália. Até aqui, nada de mais, uma vez que suas excelências também têm o direito de ir a casamentos e cerimônias outras. Poderíamos questionar o fato destas faltas (ops pela redundância!), considerando que o povo trabalhador do Brasil, o "Zé povinho" que rala de sol a sol para ganhar uns míseros trocados, jamais faria isso, sob pena de ter o seu salário descontado no final do mês ou até mesmo a demissão sumária quando voltasse das bodas (ou do pagode, dá no mesmo).
Mas o diabo é que o supra citado ministro foi ao casamento de um famoso advogado que se encarregou, é claro, de custear todas as despesas, cujo somatório desconhecemos, mas que, não é difícil imaginar, com certeza foram tão espetaculares quanto a cerimônia do mencionado enlace matrimonial. O regabofe foi de tal envergadura (muito de acordo, acrescente-se, com a cara-dura do Ministro Toffoli) que os noivos acharam que no Brasil não haveria um lugar compatível para  realiza-lo. É brincadeira meus amigos? Mas tudo bem, lá se foi o Ministro curtir altas e sofisticadas mordomias no velho continente ignorando qualquer regra moral ou princípios éticos. Logo depois, segundo matéria publicada no jornal "O Estado de São Paulo", a assessoria de imprensa do Dr. Tofolli declarou que sua excelência não se pronunciaria sobre o episódio por tratar-se de um assunto de ordem "pessoal".
Assim caminha o nosso glorioso Poder Judiciário! Os "homens (e as mulheres) de preto" são intocáveis, absolutos, pairando acima do bem e do mal, alheios ao que se passa no "andar de baixo". A plebe, a patuléia, os pagadores de impostos, os pobres mortais que pagam os seus gordos salários contra eles(e elas) nada podem fazer. 
Bem, pelo menos temos o direito de sentir raiva e desprezo, o que já é uma grande coisa!

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