segunda-feira, 4 de junho de 2012

O SUS DO LULA

Ontem à tarde fui visitar um doente no Hospital de Planaltina, cidade-satélite daqui de Brasília. Esse hospital é o único recurso que os pacientes do SUS encontram na região, a mais de 40Km da Capital Federal.
Depois de percorrer um bom pedaço de chão, entre macas sujas de sangue, doentes gemendo pelos corredores, funcionários mal-humorados e tudo mais, consegui chegar a uma pequena enfermaria aonde se achava (Deus sabe como...!) o paciente que eu procurava. 
Confesso que fiquei chocado com tudo o que vi. Chocado sim, surpreso não. Toda esta situação degradante aparece quase que diariamente na TV. O festival de horrores em que se transformou a saúde pública no Brasil é matéria costumeira na imprensa. O problema é que, de tão costumeira, a gente parece que vai se acostumando e não se assusta muito. E o pior: a gente pára de se indignar! As pessoas vão aceitando a desgraça que os seus olhos vêem e os seus ouvidos ouvem no dia a dia.
Mas, de qualquer maneira, depois da visita de ontem, acredito que uma coisa é assistir pela televisão ou ler o jornal e ouvir o rádio, outra coisa é presenciar, testemunhar "ao vivo e a cores" (cores de sangue) a realidade. O choque parece que é muito maior, mais impactante (ops!).
Agora eu pergunto: se os nossos governantes visitassem os hospitais públicos ao menos uma vez por ano, mudaria alguma coisa? Será que eles ficariam sensibilizados com o sofrimento do nosso povo?  Sim, porque político só costuma visitar hospitais em época de eleição, ou quando vão inaugura-los (coisa rara hoje em dia, aliás...). E se existisse uma lei obrigando suas excelências a internaram seus familiares em hospitais da rede pública de saúde? Imaginem o LULA da Silva tratando a sua doença pelo SUS, que segundo ele é simplesmente maravilhoso?

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