quarta-feira, 27 de junho de 2012

ADVOGADO NÃO É COISA PARA POBRES!

O preço cobrado pelo Dr. Thomas Bastos para promover a defesa do bicheiro Carlinhos Cachoeira, até onde se sabe, foi alguma coisa ao redor de 15 milhões de reais. Muita gente ficou escandalizada, e não é pra menos. Quem, é que pode pagar "honorários advocatícios" (ops!) desse ordem? Talvez uma meia dúzia de uns três ou quatro brasileiros milionários.
Mas a minha saudosa vovozinha já dizia que "quem pode pode e quem não pode se sacode". Foi assim que agora pela manhã bem cedo, ouvindo o rádio, como de costume (bom costume, diga-se de passagem...), tomei conhecimento de que a defensoria pública em muitos estados desse país ainda não funciona, ou funciona precariamente. 
No Paraná, por exemplo, apenas cinco municípios possuem defensoria pública. Imaginem agora os estados pobres, do norte e nordeste sobretudo. E se não tem assistência jurídica de graça, ora bolas, a quem o povo pobre vai recorrer se não pode pagar nem um mísero tostão, que dirá um milhão ou mais, para ter um advogado?
Assim é o nosso triste Brasil, uma terra aonde os ricaços, os endinheirados jamais pagam por seus crimes. No máximo ficam alguns meses na cadeia, isso quando o crime tem repercussão nacional. Depois que a poeira se assenta, voltam sorridentes ao convívio social e ninguém se lembra mais disso.  
Em compensação, os miseráveis, os pobres lascados da vida, se roubarem um pão ou uma lata de sardinha num supermercado, ainda que seja com o intuito (ops!) de saciar a fome, irão mofar na cadeia! 
Advogado e médico é coisa de rico, afinal!

Nenhum comentário:

Postar um comentário