segunda-feira, 11 de junho de 2012

A PARADA DOS EMPOBRECIDOS DO BRASIL


Ontem aconteceu mais uma "Parada Gay", na famosa Avenida Paulista, em pleno centro de São Paulo. Milhares (milhões?) de pessoas fantasiadas de tudo o que é jeito desfilaram "cheias de charme". O Importante era chamar a atenção exibindo o máximo possível a sua sensualidade erótica (ops!). Do alto dos carros de som as lideranças gritavam palavras de ordem contra a homofobia pedindo a sua criminalização.
Mistura de carnaval com exibicionismo e protesto, a "Parada Gay" ocupa as manchetes dos jornais e as telas da TV. E todo mundo quer tirar uma "lasquinha", inclusive os políticos, é lógico. Até o Sr. Governador de SP estava lá na avenida.
Não pense o amigo leitor e amiga leitora que eu vou aqui tecer algum comentário negativo sobre o fato. Não tenho nada contra, muito pelo contrário. Acredito que todas as categorias sociais, e de modo especial aquelas que se sentem mais oprimidas, desprezadas e excluídas, têm o direito de expressar-se, de "botar o bloco na rua", como literalmente fazem os gays, as lésbicas, os travestis, os transexuais e pessoas semelhantes. E este direito eu até consideraria como sendo uma espécie de "direito sagrado", porque ligado a vida e a dignidade maior de toda e qualquer pessoa que se sente oprimida e rejeitada pela sociedade. Lutar pela inclusão é direito de todo mundo!
Gostaria apenas de fazer um reparo. Apesar de respeitar profundamente as motivações e os objetivos da "Parada Gay", creio que a classe não deveria ficar olhando o tempo todo para o seu próprio umbigo. Explico-me: a questão da exclusão social não atinge apenas o público LGBT e sim os empobrecidos em geral. O desrespeito à dignidade do povo trabalhador hoje em dia no Brasil deveria botar pelo menos metade da população na ruas e avenidas, fazendo barulho, gritando contra as políticas públicas que tanto nos oprimem.

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