Começa hoje oficialmente a RIO+20, considerado o evento mais importante quando se fala de meio-ambiente, e esta importância é medida pela presença de representações de dezenas e dezenas de países, além, é claro, de centenas de organizações civis que lutam pela preservação de tudo o que nos resta em termos de florestas, água.. ar... essas "coisinhas básicas" que sustentam, afinal de contas, o nosso viver no planeta terra.
O Rio de Janeiro está em festa! Mas a par das celebrações de milhares de pessoas que se reúnem para discutir o meio ambiente, e ao mesmo tempo tomar umas e outras (ninguém é de ferro...), passear na "cidade maravilhosa" e algo do gênero, algumas perguntas deveríamos fazer enquanto cidadãos e cidadãs: "no frigir dos ovos", como se dizia antigamente (!), o que é que que vai sobrar de tudo isso? Que resultados concretos podemos esperar? Alguma coisa vai mudar? Essa conferência é pra valer ou tudo não passa de um "jogo de cena"? Os países ricos, os manda-chuvas, Obama e Cia Ltda estariam dispostos a assumir compromissos sérios realmente? Até que ponto os poderosos deste mundo vão ajudar?
Além do mais, existem os interesses econômicos, e estes sim, são gigantescos e quase sempre andam na contramão de todo o discurso ambientalista mundial. Basta ver que aqui mesmo no Brasil, o código florestal mobilizou os senhores feudais do agronegócio e até agora nada foi resolvido e a lei continua na geladeira. Na maioria das vezes a defesa do meio ambiente não se dá bem com o tilintar da grana que cai nas contas bancárias dos homens de negócio!...
Poderia e deveria haver uma conciliação desses interesses, mas o que se vê nos nossos dias é o privilégio dos grandes e a destruição da natureza. Se colocarmos os pés no chão, veremos que Rio+20 ainda não passa de um belo ensaio de sonho...
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