A semana começa aqui em Brasília com uma grande manifestação dos industriais pedindo socorro ao governo. O fato é que a indústria brasileira está caindo pelas tabelas. A China é um dos países responsáveis por isso, segundo dizem os donos de indústrias. Vendendo tudo o que maginar se possa, e não só vendendo mais vendendo muito barato, os chineses detonaram com as nossas exportações de manufaturados. E não há como competir com esse pessoal.
Na verdade, não podemos culpar somente a China, fazendo deste país uma espécie de "bode expiatório" da nossa falta de competência, aliada ao descompromisso de vários governos. O Brasil não cuidou da infraestrutura. Nossas estradas, por exemplo, estão entre as piores do mundo. O mesmo se diga dos portos, dos aeroportos, e por aí vaí, ou melhor, não vai, não vai nada! Ao longo dos últimos 30 anos pelo menos, fomos ficando para trás. E não chegamos a falar aqui ainda dos impostos, cuja carga é excessiva e sufocante, atravancando os investimentos e, como consequência, claro, o nosso desenvolvimento.
O mundo, a cada dia que passa, consolida-se como um gigantesco mercado, e nele somente se estabelece quem tem competência. Não adianta ficar chorando pelos cantos da casa, reclamando disso ou daquilo... É preciso, antes, fazer o dever de casa (!). Jamais alcançaremos os chineses e ponto final. Mas podemos participar desse mercado, desde que o governo coloque condições para isso e o empresariado da indústria pare de olhar para o seu próprio umbigo e passe a enxergar mais a frente do seu tempo."O tempo passa e o placar avança", como dizia um antigo locutor esportivo lá em Salvador. O Brasil corre o risco de comer poeira na estrada ou ficar vendo o trem da história passar (cheio de chineses, indianos, etc) se os seus governantes e os seus empresários não pensarem grande, não forem ousados e não souberem dar uma resposta à altura das exigências desses novos tempos.
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