O por quê de sua morte? Ela era um homem de posição, muito diferente de muitos padres e bispos católicos, bem como também altas personalidades das igrejas evangélicas hoje em dia. Sim, vivemos num tempo em que os pastores preferem ficar em cima do muro, sem se incomodar ou deixar-se questionar pelo sofrimento de suas ovelhas, especialmente os mais pobres desse continente.
Oscar Romero falava sem medo, abertamente, contra a violência do estado, sobretudo dos grupos para-militares que matavam centenas de cidadãos e cidadãs do seu país. Oscar Romero usava o púlpito, os locais de pregação, para denunciar a covardia de um sistema político-econômico-militar que maltratava o povo salvadorenho. Era o bispo a única voz que se levantava em favor das vítimas, desafiando os poderosos, "olho no olho".
A memória de Oscar Romero continua viva e o seu exemplo serve de referência nesses tempos de aparente calmaria. Não temos na América Latina ditaduras, pelo menos ditaduras escandalosas, escancaradas digamos assim. Mas isso não quer dizer que os nossos povos estejam vivendo em paz. Há muita miséria e opressão ainda, inclusive no Brasil, é claro. Portanto, a voz de Romero precisa ser amplificada e nunca esquecida.
Quero concluir esta semana, então, prestando a minha homenagem a Dom Oscar Romero, verdadeiro pastor que cuidou tão bem das suas ovelhas a ponto de dar a sua vida por elas, como pregou Jesus, seu Mestre e Guia. Oxalá este sangue derramado em El Salvador não tenha sido em vão!
Um ótimo final de semana pra todos vocês !
Tchau !!
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