Sinceramente, eu acho uma palhaçada as solenidades oficiais que acontecem, dia sim dia não, aqui em Brasília. E todas elas possuem o mesmo ponto em comum, ou seja, cascatas de belos discursos, muita falação, muito lero-lero, mil e uma promessas de liberação de milhões de reais para isso e para aquilo, mas de concreto mesmo, NADA! Depois que suas excelências se retiram do salão, após terem feito os brindes de praxe, tudo volta ao normal, quero dizer, a NADA. E de nada em nada vamos vivendo!... Aí entra no salão nobre do palácio o pessoal da limpeza, parte da população que teoricamente seria beneficiada pelos mirabolantes projetos recém-anunciados, para varrer a sujeira sórdida (ops!) dos demagogos.
Em alguns estados da Federação os professores estão em greve mais uma vez. As reclamações são as mesmas de sempre, e a posição dos governos estaduais também é a mesma. Aqui na Capital Federal não é diferente, ou talvez seja até pior. Os docentes (cujo salário é indecente...) estão parados há mais de duas semanas. Enquanto isso o governo do PT faz "ouvidos de mercador"... Mas justamente ontem Dona Dilma e o seu Ministro da Educação deram uma festa para lançar um programa de melhoria da educação no campo. Estavam presentes dezenas de ministros e outras autoridades (algumas sem autoridade nenhuma, diga-se de passagem), mas quem chamou mesmo a atenção foi a terrível Senadora Kátia Abreu, chefe suprema do agronegócio no Brasil.
Ora bolas, nem bem acabou o seu discurso, a nobre senadora foi vaiada por alguns integrantes de federações de sindicatos rurais, igualmente convidados pelo Palácio do Planalto para prestigiar o dito cujo festival de demagogia.
Nesse ponto estamos: o governo PT=PMDB vira às costas para a educação, mas é muito bom no quesito PROPAGANDA oficial. De Lula até agora, só discurso, conversa pra boi dormir. Acende-se uma vela pra Deus e outra pro diabo. Incentiva-se o agronegócio, mas também se fala em agricultura familiar. Prestigia-se o ensino privado (e caro) mas o blá-blá-blá é de que a educação pública vai muito bem obrigado.
Como diria um velho amigo meu lá na Bahia:
"Eu não tô comendo nada disso!"
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