segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A DESGRAÇA DA POLITICAGEM

Esta segunda feira amanheceu um pouco diferente lá pelas bandas do Estado do Pará. Mais de 60% da população disse um rotundo (ops!) NÃO a divisão do estado em três. Fica tudo como está e ponto final! O Plebiscito foi domingo e teve cerca de 20% de abstenção, isto é, gente que preferiu ficar em casa ou foi fazer outros programas mais interessantes, digamos assim.
E programa interessante é o que não falta naquelas terras cheias de verde, e de água e de lugares bonitos de se ver e curtir.
A questão do Pará remete a questões mais de fundo. Não se trata apenas de geografia, mas de economia e desenvolvimento consequentemente. Vastos territórios, terras tão longínquas (ops!) como abandonadas, carecem de atenção. E aqui eu não falo como se fosse mais um técnico que de Brasília emite opiniões fora de contexto ou despregadas da realidade que se analisa. Por mais de quatro anos eu morei no Pará, tanto no interior como no litoral, e pude ver "com estes olhos que a terra um dia comerá"... (!) como é que se vive/sobrevive longe dos grandes centros de poder. A ausência do estado é flagrante e cruel. Aqui eu falo do reino do "Deus proverá", porque só o Todo Poderoso é quem socorre o povo abandonado. Não se conta com nada de nada!
Entretanto, não creio que o Pará, bem como outras unidades da federação que possuem grandes extensões territoriais, estejam, por assim dizer, condenadas a viver para sempre no abandono e na marginalização. Trata-se, na verdade, de um problema de administração. Uma correta gestão de recursos, com o uso de estratégias inteligentes, menos burocracia, descentralização com objetivos claros, e sobretudo sem a desgraça da politicagem, poderia resolver os problemas ou pelo menos equaciona-los. 
Digo e repito: a politicagem é uma desgraça mesmo! Ela é responsável pelo atraso e pelo abandono em que vivem essas populações. Tenho certeza absoluta de que o Pará dividido em 3, em 4 ou 5, continuaria o mesmo, ou seja, os velhos coronéis dariam logo continuidade aos seus projetos de dominação, talvez até com mais crueldade, já que mais do que nunca seriam "donos" do seu pedaço.
Tenho saudades do meu querido Estado do Pará, e sonho com o dia em que poderei contemplar de novo a Baia de Guajará, no Ver-o-peso de cara pro sol, tomando uma cerveja CERPA hiper-gelada e comendo um peixinho frito na hora.
Sejam lá quantos forem, VIVA O PARÁ ! 
E uma boa semana pra todo mundo !

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