Não faz muito tempo, comentávamos aqui a situação das nossas gloriosas Forças Armadas e o estado lastimável em que se encontram. Na verdade, elas bem que poderiam ser chamadas de "Forças Desarmadas", como, de fato, as intitulamos naquela ocasião. Sim, porque tanto a Marinha como o Exército e a Aeronáutica, não dispõem de uma estrutura decente para exercer as suas missões constitucionais (ops!), sobretudo em relação a fiscalização e a proteção das nossas enormes e sempre perigosas fronteiras.
Vejam, só que situação mais degradante: a Marinha não pode navegar porque não tem navios. Os soldados do Exército não podem atirar porque não tem bala, nem fuzil, nem tanque, nem blindados, nem nada. Por sua vez os nossos aviadores não voam porque os aviões estão sucateados. Aí fica um monte de gente nos quartéis sem nada fazer. Enquanto isso, por exemplo, nas fronteiras entram diariamente toneladas de armamento pesado para os bandidos, drogas, contrabandos os mais diversos...
Hoje pela manhã, na Band News FM, o General da reserva Augusto Heleno, comentava o discurso de Dona Dilma durante o almoço que todo fim de ano a Presidência das República oferece aos Generais das três Armas. A Presidenta afirmou que o Governo confia no militares, que eles são muito importantes para o país, e que agora vai investir no aparelhamento das Forças Armadas. No entanto, segundo o general, esse mesmo discurso já foi proferido por mais de um dezena de vezes, desde o tempo de Sarney, FHC e Cia Ltda. E o LULA disse a mesma coisa, só que em tom mais inflamado (e demagógico, também...). Agora chegou a vez de Dona Dilma fazer as mesmas promessas, que todo mundo sabe que não serão cumpridas jamais.
Aliás, voces já repararam que toda vez que um programa governamental é lançado as promessas de liberação de verbas são sempre maravilhosas? Programa X.. tantos milhões de reais... programa Y tantos milhões... A coisa funciona mais ou menos assim: meia dúzia de tecnocratas passam meses e meses discutindo os projetos, o Executivo aprova, campanhas de propaganda são lançadas, a mídia é chamada a testemunhar a cerimônia de lançamento, discursos e mais discursos são feitos, aplausos pra lá e pra cá... E depois? Depois o tempo passa, a gente esquece o que viu na TV ou leu nos jornais, e pouco ou quase nada se faz. Passado mais algum tempo, fica o dito pelo não dito, o prometido pelo não prometido, etc. Como diziam os antigos, "Palavras o vento leva..."