Todo mundo que ganhar bem, é lógico. Agora são os magistrados, os juízes, desembargadores, ministros, procuradores, etc. que reivindicam nada mais nada menos do que 14,75% de aumento salarial. Acham que estão ganhando pouco. Será mesmo? E o que dizer então, por exemplo, dos professores, dos médicos, dos policiais e outras categorias profissionais desse País?
Em Minas Gerais, que nunca foi um estado pobre, diga-se de passagem, os professores estão em greve a mais de três meses! E o Sr. Governador insiste em negar o pagamento do mínimo do mínimo que seria o piso nacional estabelecido em lei. Como em tantos outros lugares, aliás, o governo mineiro (e bem mineiro...) coloca um monte de penduricalhos no contra-cheque do funcionário, mas o salário-base mesmo é uma miséria. Depois, quando o sujeito se aposenta, não leva nada dessas gratificações e morre na miséria, como um cachorro sem dono.
Não sou contra a magistratura. Os "homens (e as mulheres) de preto" devem mesmo ganhar um bom salário, além de todas as garantias previstas na Constituição. Isso não se discute. Agora, é preciso verificar a conjuntura nacional para não cairmos no fosso escuro da discriminação, mais do que já caímos. As discrepâncias (ops!) salariais no Brasil são enormes, são escandalosas. Tem pouca gente ganhando milhões e milhares ganhando tostões.
Quem é mais importante, o juiz ou o professor? Boa pergunta, não? Como tudo (ou quase tudo) é relativo neste mundo, eu diria que ambos são fundamentais para o bom desenvolvimento da sociedade. Mas aí alguém poderia argumentar o seguinte: sem o professor não existiria o juiz, ou melhor, não existira profissional nenhum! O professor está na base mesmo da formação social e em todas as sociedades ele (ela) sempre teve um lugar de destaque e sempre mereceu o maior respeito.
Que os magistrados consigam (como tudo indica) aumentar seus vencimentos e ter um padrão de vida ainda melhor do que já possuem, ótimo! Mas também não vamos esquecer o fato de que o professor, assim como o juiz, merece respeito e precisa urgentemente ter a sua dignidade resgatada. Se Minas Gerais não quer pagar o que deve por lei, o STF Supremo Tribunal Federal deve intervir imediatamente. Vamos acabar com essa pouca-vergonha! Professor exige respeito, mesmo porque sem ele (e ela) o Brasil continuará descendo a ladeira e confirmando a desgraça de um sistema educacional tido e havido como um dos piores do mundo civilizado.
Portanto, todo apoio aos professores mineiros!
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