Com essa história de economia de dinheiro, cortes de gastos para aumentar a sobra de grana para pagamento dos juros da nossa (eterna) dívida, o Governo da Dona Dilma tira de novo do armário o fantasma da CPMF -ou qualquer imposto semelhante- a fim de financiar as despesas com a saúde pública. As velhas conversas tomam conta dos bastidores do Palácio do Planalto, do Congresso e arredores. E não adianta disfarçar ou jogar para a platéia porque na realidade o que os tecnocratas desejam mesmo é a ressurreição do famigerado imposto. Os políticos, por sua vez, teleguiados pelos caciques dos partidos da "base" (sem base), se dispõem a justificar, sabe-se lá como, a criação e a legalização de qualquer coisa que o governo invente. Para este fim eles (e elas) estão na Câmara e no Senado, como se vacas (e bois) de presépio fossem, ou seja, apenas para balançarem docemente as cabeças.
Mas o povo brasileiro não é bobo não! O cidadão comum sabe muito bem que a carga de impostos já é grande demais. Só faltam inventar um imposto sobre o ar que respiramos! Da água que consumimos ao palito de fósforo, tudo neste país paga imposto. E o pior é que ninguém vê os benefícios, o retorno desta dinheirama toda. Aonde estão os hospitais, as escolas, as rodovias, o saneamento básico, etc.? Dos três meses de trabalho que anualmente todo brasileiro (e brasileira) oferece ao governo em forma de impostos, taxas, contribuições, etc. ninguém recebe nada. A equação impostos=benefícios parece completamente fora de moda. Tudo (ou quase tudo) que o estado arrecada é para manter de pé o elefante branco da máquina pública, cada vez mais arcaica, obsoleta (ops!). Isto sem falar dos milhões e milhões que escorrem pela ralo da corrupção.
Então Dona Dilma, por favor, bote este elefante pra fazer um regime sério e aplique o nosso dinheiro na saúde pública. Faça uma reforma administrativa no governo, corte as gorduras em excesso (e não devem ser poucas), a começar pelos 20 mil cargos comissionados. Arrume esta bagunça senhora Presidenta! Depois disso, com certeza haverá de sobrar dinheiro para a saúde e outras coisas mais. Somente assim o povo brasileiro poderá reconhecer a senhora como uma mulher de coragem, que pegou o boi pelo chifre (ou o elefante pela tromba), e fez a gente, finalmente, sentir orgulho do país em que vivemos!
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