Já que ontem lembramos aqui a figura de Pelé, o "Rei do futebol", vamos continuar na área futebolística (ops!) lembrando o glorioso Fluminense do RJ. Pois é, o jogador Fred, principal artilheiro do "Tricolor das Laranjeiras", como sempre foi conhecido o Flu, pediu para deixar o time. O motivo (ou pelo menos o que ele está alegando) é a perseguição implacável da torcida. De dia e de noite os torcedores "fiscalizam" o atleta com medo de que ele caia na balada ou tenha uma vida desregrada, o que, segundo eles, prejudicaria o desempenho do atleta em campo.
É claro que esta atitude da torcida, ou parte dela, não se justifica. Muito pelo contrário. A perseguição é caso de policia mesmo! A Constituição assegura ao jogador, como a qualquer outro cidadão, o direito de ir e vir. Ir aonde quiser e vir quando quiser e se quiser! Cada pessoa é responsável pelos seus próprios atos, e caso venha a cometer algum ilícito civil ou penal, responderá por ele, evidentemente. Isso basta.
Mas o fato me chamou a atenção, e de certa forma me aguçou também o pensamento. "Cá com os meus botões"... fiquei a imaginar se não seria o caso de exercermos sobre os nossos políticos, aqueles homens e aquelas mulheres que nos representam no Legislativo, uma certa fiscalização. O mesmo valeria para os nossos administradores públicos. Eu não diria que a partir de agora ficássemos todos a perseguir os políticos, o prefeito, o governador, etc., porque isso iria de encontro aos direitos fundamentais preconizados (ops!) pela Carta Magna, nossa lei maior. Não, é claro que não se pode combater as ilegalidades com outra ilegalidade. Mas, por outro lado , uma certa pressão popular talvez ajudasse a melhorar a vida política desse país cheio de corrupção e ladroagem, vocês não acham? Se os Tribunais de Contas, o Ministério Público e os demais órgãos e instituições encarregadas de fazer este trabalho não o fazem, ou fazem mal, por que não colaborarmos?
Então, começo agora a sonhar com o dia em que os políticos ao saírem de casa encontrem grupos de eleitores na sua porta, cobrando as promessas feitas durante a campanha. Sonho com o dia em que os eleitores, máquina fotográfica em mãos, registrem as entradas e saídas dos administradores carregando pacotes de dinheiro (que nem fez a revista VEJA desta semana). Quero crer que se houvesse uma fiscalização, uma cobrança, uma marcação cerrada por parte de cada eleitor, talvez o Brasil fosse outro país, sem tanta roubalheira e pouca vergonha!
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