quarta-feira, 3 de agosto de 2011

                          Da Cidade de Vilna, capital da  Lituânia, vejam só, nos chega uma notícia assaz (ops!) inspiradora. O Sr. Prefeito daquela tão linda quanto desconhecida cidade, cujo nome não coloco aqui porque é difícil de grafar (imaginem de pronunciar...!), resolveu combater os abusos dos motoristas na base do porrete. Como se dizia nos meus tempos de criança, ele resolveu "apelar para a ignorância", ou seja, mandou buscar um tanque de guerra e saiu pelas ruas e avenidas passando literalmente por cima dos automóveis que por acaso se encontravam estacionados em ciclovias, faixas de pedestres, passeios, etc. Foi um arraso mesmo!
                       Ai meu Deus do céu, quem dera isso acontecesse também aqui nesta doce terra brasileira! Já imaginaram um prefeito doido desses pegando um tanque do exército e botando pra quebrar no meio da rua? Os donos de ferro velho iriam agradecer penhoradamente (ops!) pela matéria-prima. Muito mais ainda ainda agradeceriam ao Sr. Alcaide (ops! ops!) os nossos bravos ciclistas e os humildes pedestres que todos os dias são obrigados a enfrentar a estupidez, a insensibilidade e a grosseria de motoristas que se acham acima do bem e do mal. Sim, porque no Brasil quem tem carro desfruta de uma prioridade absurda sobre quem não tem. É mais ou menos como se a máquina fosse superior ao homem! Dá para entender um negócio desse? E quem quiser experimentar na prática o que eu estou dizendo, dê uma saidinha e tente andar a pé pelas vias  principais das nossas grandes cidades. Se não tiver muito cuidado vai voltar pra casa vestindo um paletó de madeira...!  
                      É claro que a medida tomada pelo prefeito da cidade de Vilna foi um tanto quanto "midiática". O homem queria (e conseguiu) de fato aparecer, botar a cara na tela. Mas, talvez fosse bom a gente pegar este fato para refletir um pouco mais sobre o trânsito louco que rapidamente toma conta do país. E tudo se agrava ainda mais porque o nosso Código Brasileiro de Trânsito é tremendamente fraco e extremamente compassivo com os infratores. Creio, portanto, que se não forem tomadas certas medidas mais enérgicas (e parece que os nossos políticos não estão assim muito interessados) o futuro será mais sombrio do que possamos imaginar. Aliás, todo dia eu peço a Deus que me dê vida e saúde para ver como é que estarão as nossas metrópoles daqui a uns 20 ou 30 anos por exemplo.

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