quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

VALEI-NOS SENHOR DO BONFIM !

E a greve dos policiais militares na Bahia continua
A grande imprensa, respaldada por analistas especializados em segurança pública, levanta a suspeita de que esta greve faz parte de uma bem montada articulação política. O movimento teria caráter nacional e seu objetivo maior é a aprovação da PEC 300, a Proposta de Emenda Constitucional que estabelece um piso salarial para os policiais e bombeiros em todo o país. Lançada em 2008, a proposta tramita (ops!) no Congresso Nacional com pouquíssimas (quase nenhuma) chance de ser aprovada. Até a oposição é contra! Segundo o governo, se aprovada, a PEC 300 quebraria os estados e promoveria um rombo enorme nas contas públicas, inclusive nos cofres federais.
Tudo bem, mas o que pensar sobre tudo isto? Também os professores recebem salário de fome. Não seria justo aumentar o soldo (é assim que se chama) dos militares e deixar morrer à míngua os nossos queridos docentes. 
Ora bolas, acontece que no Brasil as disparidades salariais, sobretudo no serviço público, são tão gritantes, tão escandalosas, que causam revolta mesmo. Quanto ganha um juiz, por exemplo? E um simples assessor parlamentar? E os vereadores, mesmo aqueles que moram em pequenos municípios? É dinheiro demais para uma importância, às vezes, de menos! Com todo respeito... 
A desvalorização explícita de categorias tão importantes para a vida social, como são os casos dos policiais e dos professores, vem na contramão de um enaltecimento excessivo de outras. As discrepâncias (ops!) são tão exageradas que o resultado não pode deixar de ser este que estamos assistindo na Bahia e vamos continuar assistindo daqui por diante em outros locais também. Estamos chegando a um ponto extremamente delicado em que a paciência do trabalhador e o seu "grau de suportabilidade" diante das injustiças, chegam ao limite máximo. 
Como diria o querido e saudoso poeta Gonzaguinha: "não dá mais pra segurar, explode coração!"
Valei-nos Senhor do Bonfim !

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