E três dos grandes aeroportos do Brasil foram privatizados. Deixando para trás os seus velhos dogmas ideológicos e negando explicitamente tudo o que disse a respeito da "privataria tucana", leia-se FHC, o PT entregou Viracopos, Guarulhos e Brasília a grupos empresariais particulares. Tudo bem, assim é a vida, e ninguém sabe o dia de amanhã...!
A questão agora é saber o que é que o Governo Federal pretende fazer com essa bolada de dinheiro, coisa de bilhões de reais. Mas o Guido Mantega, que tem as chaves do cofre da viúva, já avisou que a grana será empregada na modernização dos outros aeroportos, sobretudo os aeroportos regionais. Apesar da gritaria geral, do tipo "Ei, você aí, me dá um dinheiro aí..", pois todo ministério quer um pedaço desse maravilhoso bolo, o Sr. Ministro da Fazenda vai destinar a verba para a aviação civil mesmo. Pelo menos por enquanto, já que o governo muda de opinião a cada 24 horas aproximadamente.
O que me deixa, no entanto, perplexo (ops!) é saber que esse mesmo governo vive reclamando da falta de dinheiro para a saúde por exemplo. Volta e meia os políticos da base aliada (não seria melhor dizer "quadrilha aliada"?...) falam em recriar aquele famigerado imposto da saúde, a CPMF ou outra sigla parecida. O contribuinte brasileiro, nós os pobres mortais pagadores de impostos, vivemos assustados e sempre sob ameaça, como se fôssemos realmente os culpados pela crise da saúde pública no país. E o discurso é sempre idêntico: a saúde vai mal porque não temos dinheiro. Mas, na verdade, nem os postes da Esplanada dos Ministérios, aqui em Brasília, acredita numa besteira dessa.
A julgar, então, pelas palavras do Ministro da Fazenda, confirma-se a certeza que todo cidadão brasileiro já possui, isto é, o problema não é a falta de dinheiro, mas a sua destinação. Dona Dilma, vamos parar com esta cantilena mentirosa, por favor. Dinheiro tem sim senhora, e muito! O diabo é que ele escorre pelos ralos da burocracia estatal, da ineficiência administrativa e pelos dutos fétidos (ops!) da corrupção em todos os níveis de governo. Quando houver menos estruturas arcaicas, mais competência administrativa e maior rigor na fiscalização e aplicação do dinheiro público, aí o estado brasileiro poderá usar de forma socialmente justa o dinheiro que nós pagamos sob a forma de impostos todo santo dia.
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