E Brasília continua de céu fechado, nuvens escuras soltas pelos ares...
O mais recente escândalo (porque aqui se vive de escândalos, afinal), por incrível que pareça, não procede das esferas públicas, como é de praxe acontecer. Aliás, parece que a palavra "escândalo" rima muito bem com "coisa pública", tocada pelos políticos profissionais que todos já conhecemos.
"Pelas barbas do profeta!"... o escândalo desses nebulosos dias na Capital da República nos chega do sindicato dos metroviários. A polícia civil andou fazendo uma investigação e descobriu que os problemas surgidos no metrô de Brasília semana passada não foi mero acaso do destino: houve sabotagem mesmo! E um grupo de sindicalistas parece estar envolvido diretamente neste caso. O sindicato havia anunciado uma greve para estes dias, e tudo leva a crer que sabotar o metrô seria uma maneira de começar a pressionar o governo.
Ao ouvir esta notícia, fiquei pensando no vandalismo dos policiais militares de Salvador, em meio a greve ocorrida no começo desse mês de fevereiro e que terminou por esses dias. Então fiquei a me perguntar: o que será que está se passando pela cabeça das nossas lideranças sindicais? Sim, porque uma coisa é fazer greve, direito que ao trabalhador não se pode negar. Ora bolas, sabotagem, vandalismo, terrorismo é algo muito diferente.
Para ser sincero, não sei se este tipo de comportamento por parte do movimento sindical é capaz de levar a classe trabalhadora a avançar na conquista de melhorias significativas. Pelo contrário, acredito que ações desse tipo só servem para desacreditar os sindicatos junto a população. A greve já é um negócio chato, uma coisa que os trabalhadores metem goela abaixo do povo em geral, sempre o primeiro a ser prejudicado pelas paralisações de qualquer tipo. Agora, greve com violência é muito pior ainda! A opinião pública não suporta, e acaba dando razão aos patrões. O tiro sai pela culatra!
E finalizo aqui repetindo um velho ditado que minha vovozinha querida me ensinou ainda nos meus "tenros" (ops!) anos da mocidade: "quem não usa da razão perde toda razão", ou seja, sindicato que patrocina greves sustentadas por ações criminosas como as que aconteceram agora no metrô do Distrito Federal perdem toda razão de reivindicar qualquer coisa que seja, até mesmo o apoio da população.
Cadeia neles!
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